O VII Seminário Alagoano de Apicultura, realizado terça-feira (22), em São José da Tapera, reuniu mais de 300 apicultores de todo o Estado. Eles comemoraram o Dia Nacional do Apicultor e ampliaram seu conhecimento sobre a atividade.
Numa iniciativa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas em Alagoas (Sebrae-AL), por meio do Arranjo Produtivo Local (APL) Apicultura no Sertão, da prefeitura de São José da Tapera e o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento e do Orçamento (Seplan), o seminário promoveu a integração entre produtores de mel e derivados, técnicos e representantes de entidades que apóiam o APL.
Em seu discurso, o secretário-adjunto de Agricultura, Pecuária Pesca e Abastecimento do Estado, Jorge Dantas, disse que os parceiros querem construir uma estrutura de suporte para a apicultura. “Cabe a nós, gestores públicos, o desafio de ajudar essa cadeia promissora”, afirmou.
A questão ecológica que envolve a atividade apícola também foi destacada pelos representantes das instituições parceiras do APL. “Todos vocês devem ser líderes na preservação ambiental”, disse o gerente da Unidade de Territórios Específicos do Sebrae e Coordenador do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL), Ronaldo Moraes.
Os produtores e técnicos que assistiram ao evento também ficaram sabendo de algumas inovações que vão apoiar setor. O representante da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) na ocasião, professor Roger Beeling, disse que um laboratório que está sendo construído vai realizar pesquisas para alavancar o desenvolvimento da apicultura.
Entre os participantes do seminário estava José Bezerra de Araújo, apicultor e agricultor familiar de Quebrangulo, cidade atendida pelas ações da Cadeia Produtiva (CP) da Apicultura. Ele pratica a atividade há seis anos e conta que em época de coleta de mel, consegue até 400 quilos. “Esse é um trabalho de união”, disse o apicultor, que tem a ajuda dos sete filhos.
Programação
Durante o seminário, os participantes assistiram a palestra “Evolução da Apicultura no Rio Grande do Norte”, ministrada pelo gestor do APL Apicultura naquele estado, Valdemar Belchior.
Ele destacou as ações realizadas entre 2002 e 2006 pelos parceiros do APL. Entre elas, estão: Congresso Norte-Nordeste de Apicultura; diagnóstico das casas do mel; estudo da cadeia produtiva do mel; participação dos produtores em feiras; clínicas tecnológicas; palestras técnicas e consultorias tecnológicas.
Segundo o gestor, algumas ferramentas são essenciais para impulsionar a apicultura. “Design, Programa de Alimento Seguro (PAS), gestão ambiental, ações de mercado e formação de preços para comercialização devem ser discutidos e implementados na cadeia da apicultura”, disse Valdemar.
Outra palestra que discutiu questões de interesse dos apicultores foi “Aspectos Legais para a Comercialização do Mel”. O palestrante, o professor Afonso Odério Nogueira, ressaltou a importância de registrar o apiário em um dos serviços de inspeção para que a comercialização do mel seja realizada legalmente. Ele também reafirmou a necessidade de boas práticas de fabricação para a qualidade do produto.
O seminário também foi uma oportunidade para a realização de negócios. Alguns produtores levaram mel e derivados, equipamentos e ferramentas para vender. Ao final do evento, os participantes escolheram Girau do Ponciano para sediar o VIII Seminário Alagoano de Apicultura, que será realizado em 2008.
