Gays fazem beijaço para combater a homofobia em Alagoas

Alagoas24horasBeijaço pede fim da impunidade aos crimes que vitimam homossexuais

Beijaço pede fim da impunidade aos crimes que vitimam homossexuais

O Grupo Gay de Alagoas promoveu, agora há pouco, um ato contra a homofobia. No ano passado, 17 homossexuais foram assassinados e, há quase 15 dias, foi registrado mais um ato de violência, contra o enfermeiro José Maciel da Cruz.

“Essa violência é conseqüência da homofobia e do preconceito da sociedade. Em março, a morte de Renildo completa 13 anos e os acusados continuam impunes, por isso estamos aqui para pedir Justiça no caso de Maciel”, conta o presidente do GGAL, José Carlos Merthém, que explicou o ato como o “beijaço da cidadania e o abraço fraterno de liberdade”.

A manifestação foi realizada no calçadão do comércio de Maceió, com a presença da mãe de Maciel, Luziane da Cruz Silva, de integrantes do GGAL e entidades homossexuais e do vereador Judson Cabral, que também cobrou que o crime não ficasse impune. “Faço parte da comissão de Direitos Humanos da Câmara e estou dando meu apoio. Acho que a sociedade ainda tem uma mentalidade agressiva e desrespeito em relação à opção sexual dos outros”, explicou.

Crime

Ocorrido na madrugada do dia 24 de janeiro, o assassinato do enfermeiro José Maciel da Cruz, de 26 anos, chocou os homossexuais pelas marcas de crueldade. “Ele foi encontrado pela vizinha, conhecida por Ana, amarrado e com golpes de faca no pescoço. Na noite anterior, eu encontrei com ele e estava tudo bem”, disse o amigo Dorgival Francelino dos Santos, que também é enfermeiro.

De acordo com Dorgival dos Santos, o inquérito está sendo elaborado pela delegacia de Coruripe e só há uma pessoa presa, a vizinha de Maciel. “Ela prestou depoimento e foi solta, mas o delegado desconfiou da versão dela e ela continua detida”, explicou.

Nesta quarta-feira, o Instituto Médico Legal liberará o laudo do corpo e, às 9h, representantes do Grupo Gay terão uma audiência com o promotor responsável pelo caso, Waldeks Pereira, e, depois, com o delegado.

“Ele era assim (homossexual), mas não tenho preconceito e amava ele até mais do que os outros. Agora, quero Justiça e que os acusados não fiquem impunes, não desejo esse sofrimento a nenhuma outra mãe”, conclui a mãe de Maciel, Luziane da Cruz Silva.

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