Moradores temem destruições com ondas gigantes
A Prainha, localizada no povoado de Barra Nova, distante 7 quilômetros de Maceió, está prestes a ser extinta do roteiro turístico de Alagoas e a causa é o efeito da ressaca do mar. Em menos de um mês, seis barracas foram destruídas, por ondas de aproximadamente três metros, deixando cerca de 150 pessoas desempregadas.
Segundo o comerciante José Carlos dos Santos, nos períodos do fenômeno, os estragos são irreparáveis. “A situação dos barraqueiros é crítica pois tiramos todo nosso sustento do que arrecadamos na Prainha. Com a maré alta, todos estão sendo atingidos, só restam agora três quiosques. Como não temos para onde ir, vamos continuar trabalhando no local mesmo com a preocupação e o medo que tudo seja destruído novamente”, diz.
O local faz parte do Patrimônio da União e os comerciantes são autorizados a permanecerem desde que não danifiquem o meio ambiente.
De acordo com José Carlos, a Associação dos Bares e Restaurantes de Barra Nova tentará marcar uma reunião com a Câmara dos Vereadores e Prefeitura de Marechal Deodoro, para pedir apoio e solucionar o problema.
Os moradores do local também contam que os estragos chegaram, inclusive, às residências situadas próximas à lagoa Manguaba. “O encontro do mar com a lagoa causa agitação nas águas, que invadem as casas, chegando a danificar piscinas e jardins”, afirma um dos moradores.
Ressaca do Mar
A ressaca é uma elevação do nível do mar em relação aos períodos sem tempestade e tem a presença de ondas maiores do que as de costume.
Apesar de ocorrer no litoral, esse fenômeno está associado às correntes de ventos das regiões de baixa pressão atmosférica, que acontecem em alto mar.
Para o Estado de Alagoas, a Capitania dos Portos informa que a ressaca deve ocorrer até amanhã e que banhistas e pescadores devem ficar atentos.
