Condenado por matar a mulher, potiguar é suspeito de crimes em Alagoas

Else FreireCrévio Gentil Bezerril Sobrinho, de 45 anos.

Crévio Gentil Bezerril Sobrinho, de 45 anos.

Atualizada às 14h40

Após um mês de intensas investigações, a equipe do delegado Vinícius Ferrari, da Seção Antissequestro da Divisão Especial de Investigação e Capturas da Polícia Civil, capturou nesse domingo, 4, Crévio Gentil Bezerra Sobrinho, de 45 anos, no bairro do Clima Bom. Crévio é foragido da Justiça do Rio Grande do Norte após ser condenado por matar e ocultar o cadáver da mulher.

O crime ocorreu em 2002, e, segundo as investigações, o acusado matou a tiros a esposa na cidade de Natal (RN), e levou o corpo na mala de um carro, envolto em lençóis, até a cidade de Touros, no mesmo estado, onde enterrou o cadáver.

As investigações se iniciaram a partir da denúncia de um tabelião de São Paulo, Ronaldo Ruy Rodrigues Reis, que se sentia incomodado por uma série de denúncias de que estaria aplicando golpes no Nordeste.

O trabalho policial acabou descobrindo que era Crévio Gentil quem usava o nome do tabelião para aplicar os golpes, entre eles, a tomada de empréstimos, emissão de cheques sem fundos e uso de contas de telefone pós-pagas que nunca eram saldadas.

Apesar do mandado em aberto expedido pela Justiça potiguar, a prisão de Crévio em Alagoas pode levar à elucidação de crimes em vários estados do país, inclusive em Alagoas. Os primeiros levantamentos realizados pelo delegado Vinícius Ferrari dão conta que o suspeito utilizava pelo menos quatro RGs em Alagoas.

Em Maceió, Crévio atuava como segurança em uma loja comercial de Maceió, onde usava o nome de sargento PM Reis, além de comercializar sistemas de monitoramento eletrônico. O acusado usava ainda os nomes de Rodrigo Reis e Rodrigues -, além o do nome do tabelião Ronaldo, para aplicar os golpes.   Crévio Bezerra residia no bairro Santa Lúcia e constituiu família em Alagoas, tendo dois filhos de 6 e 12 anos.

Desde que matou a primeira mulher, Crévio passou pelos estados de São Paulo, Rio de Janeiro e também Minas Gerais. Em todos esses estados, o acusado teria cometido ao menos o crime de falsidade ideológica, uma vez que utilizava identidades falsas, entre elas de um tabelião de São Paulo, que já havia acionado a polícia após descobrir que seu nome estava sendo utilizado em cometimento de crimes.

Com a prisão do acusado, a polícia espera elucidar vários crimes.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos