Servidora do TRT/AL continua acorrentada em frente ao Congresso Nacional

A servidora do TRT/AL, Dora Castro, que participa do Ato Nacional em Brasília pela derrubada do veto 26 ao PL 28/2015, continua acorrentada em frente ao Congresso Nacional nesta quarta-feira (07).

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O protesto da servidora começou desde o início da tarde de ontem (06), depois que a sessão do Congresso Nacional, que votaria os vetos presidenciais, foi cancelada novamente. Ela não aguentou assistir as manobras políticas do Legislativo e iniciou o protesto individualmente. O presidente do Congresso, senador Renan Calheiros, convocou nova sessão para esta quarta-feira (07) a partir das 11h30.

Ela afirma que só sairá com a votação do veto ao reajuste salarial da categoria. A servidora também não está se alimentando, toma apenas líquidos. Prevendo o pior, Dora só comprou a passagem de ida a Brasília.

O ato isolado da servidora vem recendo o apoio de toda a categoria que está há nove anos sem reajuste salarial e reivindica a derrubada do veto ao PLC 28/2018, que recompõe as perdas salariais dos servidores do Judiciário Federal. “É uma situação humilhante. Isso é um tratamento que se faz ao servidor público concursado que dedica sua vida a um trabalho de qualidade. Preciso extravasar esse sentimento de abandono, de descaso e de angústia”, disse.

Outros servidores alagoanos estão acompanhando o protesto da Dora em Brasília. “Não vou voltar para Alagoas sem apreciação do veto presidencial 26. Ficam nos iludindo. Sou uma trabalhadora digna. Cumpra com todas as obrigações como uma cidadã de bem. Não aceito mais esse tratamento”, desabafou.

Em Alagoas, os servidores do Judiciário Federal estão em greve há 111 dias pela recomposição salarial. São nove anos sem reajuste salarial e uma defasagem salarial de mais de 60%. Amigos da servidora estão aflitos e temem pela sua saúde, que exige cuidados especiais.

Sessão encerrada

Existe uma crise entre os poderes Executivo e Legislativo. A proposta de reforma ministerial ampliou a participação do PMDB no governo, mas há outros partidos querem mais espaço políticos.  Um outro impasse é o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, que já havia alertado sobre o esvaziamento da sessão, caso o veto ao financiamento privado de campanha eleitoral não fizesse parte da pauta do Congresso.

No entendimento do Sindjus-AL, os servidores públicos e a população não podem ser prejudicadas por essas manobras políticas, interesses políticos, ajustes fiscais, retiradas de direitos trabalhistas e previdenciários, privatização e pagamento dos juros da dívida pública ilegal e imoral, que consome 45% do orçamento da União (quase um trilhão de reais). “Criam uma crise no Brasil para penalizar a população, quando os políticos sabem o caminho da solução”, revela a entidade sindical.

Fonte: Sindjus

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