Blog do Mousinho
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Vez por outra Alagoas circula nas manchetes dos jornais de grande circulação nacional, seja sobre a violência, seja em denúncias de corrupção, mas nem tanto pelas suas belezas naturais e seu povo hospitaleiro.
No final de semana, outra denúncia envolvendo o secretário de Indústria e Comércio, Luiz Otávio Gomes, sobre vantagens que teria tido ao cobrar taxa de 25% em uma negociação com o Banco Panamericano e outras instituições financeiras.
Consta do inquérito na Polícia Federal que o jornal Estado de São Paulo publicou que a sucessão de e-mails entre os executivos que ocuparam o alto escalão do Panamericano sugere que o governo alagoano teria cobrado taxa de retorno de 25% sobre cada parcela de uma dívida com dez instituições.
Os e-mails que a Polícia Federal encartou ao inquérito do Panamericano relatam que, no período de fevereiro a dezembro de 2006, Alagoas deixou de pagar todas as operações de crédito consignado, embora tenha descontado os valores da folha dos servidores do estado. Os e-mails citam freqüentemente o secretário Luiz Otávio Gomes como personagem central da negociação. A coleção de mensagens eletrônicas destaca que a taxa de retorno poderia ter sido destinada à campanha eleitoral tucana no estado.
´´O pagamento do retorno poderá ser a título de doação para campanha do PSDB mediante recibo ou emissão de nota fiscal por empresa de comunicação que será indicada pelo secretário´´ anotou Luiz Carlos Perandin, gerente operacional de consignação do Panamericano, no e-mail de 10 de agosto de 2010.
O secretário Luiz Otávio Gomes, nega peremptoriamente que tenha feito essas negociações, mas vai ter que se explicar no inquérito aberto pela Polícia Federal. A Secretaria de Comunicação também nega qualquer participação de Otávio uma vez que está no seu papel, mas as denúncias atingem não somente o secretário, mas o governo como um todo, daí ter explicações convincentes sobre o que foi publicado no Estadão.
Há algum tempo levantou-se a suspeita de que Luiz Otávio estaria beneficiando empresas para se instalarem em Alagoas, que seriam suas clientes numa sua empresa de consultoria. Pelo sim, pelo não, a investigação tem que ser profunda, pois afeta diretamente a honradez do estado de Alagoas que tenta por todos os meios diminuir o pagamento de sua dívida mensal com o governo federal e ainda negociar 200 milhões de reais para investimentos no estado.. Envolvido nesses problemas, a repercussão pode abalar as negociações que estão em curso.
O secretário reafirma que nunca tratou com nenhum banqueiro e com nenhum executivo de banco sobre o valor de débitos do estado. Isso sempre foi tratado pela secretaria estadual de Fazenda, disse Otávio.
A verdade, é que Alagoas novamente não fica bem na fita em nível nacional.