“É o cérebro?”. Essa é a pergunta feita por Stephen Hawking (Eddie Redmayne) nos primeiros minutos do longa “A Teoria de Tudo”, outro concorrente ao Oscar 2015 na categoria de melhor filme. O jovem físico descobre que possui Esclerose Laterial Amiotrófica (ELA) e que em alguns anos perderá os movimentos do seu corpo. O posto...
“É o cérebro?”. Essa é a pergunta feita por Stephen Hawking (Eddie Redmayne) nos primeiros minutos do longa “A Teoria de Tudo”, outro concorrente ao Oscar 2015 na categoria de melhor filme. O jovem físico descobre que possui Esclerose Laterial Amiotrófica (ELA) e que em alguns anos perderá os movimentos do seu corpo.
O posto começa com essa pegunta por que a beleza do longa não está em cenários, efeitos ou figurino, mas na riqueza do roteiro e da interpretação dos atores em passar ao público apenas um recado: o corpo pode parar, mas a sua mente vive em constante movimento.
O que fascina na direção de James Marsh é a capacidade de mostrar pequenos detalhes da vida de Stephen que o ajudaram na formulação da sua teoria sobre os buracos negros.
Cenas como a música que ele ouve no quarto da faculdade, os exercícios respondidos em panfletos de rodoviária até o café que ele toma no vagão de um trem reforçam a mensagem do filme de que quando se pensa se vai longe.
Tenho que destacar a interpretação de Eddie Redmayne. A primeira vez que o vi em ação foi em Os Pilares da Terra, uma série europeia do ano de 2010. O rapaz já mostrava o potencial de trabalhar com personagens pitorescos, como Jack Jackson, vivido no trabalho para a televisão. Com ele somos capazes de retornar ao tempo e conhecer um Stephen além do cientista e do portador de ELA.
Do casamento até a separação com sua esposa Jane, o filme chega ao seu ápice mostrando não somente as dificuldades, mas a capacidade de olhar o ser humano além do físico. Além de preencher elementos que formaram a personalidade do cientista vivo até hoje.
@marcosfilipesousa