De férias no nordeste, curitibana vê a própria foto em carrinho de crepe

Ambulante que trabalha no Rio Grande do Norte pegou a foto na internet.

Francielly Azevedo/ arquivo pessoal)Jornalista de Curitiba descobriu que uma foto sua estampa carrinho de crepe francês no Rio Grande do Norte

Jornalista de Curitiba descobriu que uma foto sua estampa carrinho de crepe francês no Rio Grande do Norte

Férias, praia, mar, aquela preguiça gostosa na areia e uma surpresa. Enquanto aproveitava os dias de folga a três mil quilômetros de casa, na Praia de Ponta Negra, no Rio Grande do Norte, a jornalista Francielly Azevedo, que mora em Curitiba, se deparou com a própria foto estampada em um carrinho de crepe.”Eu levantei e falei: sou eu, moço. Sou eu, e ele não acreditou”, contou a jornalista.
O carrinho de crepe francês é o sustento do ambulante João Batista de Mendonça, de 36 anos. Desde 2000, ele trabalha na praia. Aleatoriamente, ele fez uma pesquisa na internet por “crepe francês mulher” e encontrou a foto da jornalista. Sem hesitar, decidiu colocar a foto para ajudar nas vendas na beira da praia.
Batista nem se importou com o fato do “figurino da modelo” estar destoante do cenário das vendas – blazer, blusa de lã e camisa.
A imagem foi postada pela própria jornalista, no Facebook, em 2013. Na ocasião, ela fez um registro de um dia de trabalho em meio à produção de uma reportagem para um programa de culinária na emissora em que trabalha.

“Era mais uma reportagem, mas um dia legal. Eu achei legal o formato do crepe francês, porque a gente está mais acostumado com o crepe suíço, e fiz a foto”, lembrou.
A coincidência chamou a atenção da jornalista e também dos amigos que acompanharam a história pelas redes sociais. “Eu estava deitada, veio um rapaz me oferecer um crepe e eu falei que não queira. Eu levantei, sentei e o carrinho estava estacionado exatamente na frente da minha espreguiçadeira. Isso que eu achei mais louco, a coincidência. Mais de três mil quilômetros, eu sair de Curitiba e achar minha foto no carrinho de crepe”.
‘Sou eu mesma’
No momento em que se deparou com o carrinho de crepe, Francielly não conseguiu convencer o ambulante que era ela na foto. Afinal, a fotografia é de 2013. Naquela época, a jornalista estava ruiva e sem bronzeado algum, típico para os moradores de Curitiba.
Hoje, a jornalista está loira e, como dizem, com a cor do verão conquistada após 15 dias de sol no Rio Grande de Norte. “Eu tentei explicar para ele, mas ele não acreditou. Ele dizia que não era eu, e eu dizia que sim, mostrei a pinta no rosto e tudo”.
O ambulante só acreditou que de fato estava na frente da “modelo” quando ela disse, sem olhar, o que estava escrito no cordão do crachá que aparece na foto.
A coincidência não saiu da cabeça da jornalista, que queria encontrar o ambulante novamente para poder tirar uma foto do lado do carrinho e contar para os amigos. “Eu pensava: meus amigos não vão acreditar na hora que eu contar essa história”.
“Andei a orla toda e não o encontrei. Quando eu o avistei, saí correndo atrás do carrinho, e ele saiu correndo também. Eu correndo atrás dele, e ele correndo de mim porque ele achou que ia chamar a polícia, ia fazer alguma retaliação”, contou aos risos a jornalista.
Mais calmo, o ambulante entendeu que Francielly não tinha intenção de chamar a polícia e que havia achado graça da coincidência. “Ele acabou me dando uns quatro crepes. Vendi o direito de imagem por quatro crepes”, brincou.
“Fama”
Passado o susto, Batista disse ao G1 que, agora que tem a autorização de Fancielly, não vai substituir a foto. “Não vou tirar, não. Vou é ficar famoso!”, brincou. Batista conta que a concorrência na praia é grande, mas ele consegue vender de 50 a 60 crepes por dia.
“Eu vi a foto na internet, eu pedi para o rapaz que trabalha com adesivo colocar uma foto de uma mulher segurando um crepe. Eu nem conhecia ela, e hoje está nas redes sociais”.

Batista conta que quase não acreditou que estava cara a cara com Francielly.

“Quase que eu não acreditei, mas ela ficou rindo. Eu pensei que ela ia ficar endiabrada comigo, mas ela disse que não e perguntou se não tinha uma foto mais bonita. Eu disse que não, era só aquela mesmo”, lembrou o ambulante.

Fonte: G1

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