Operação investiga nova fraude de R$ 20 mi na merenda em 12 municípios de AL

Milton Rodrigues/Alagoas24horasSuspeitos estão sendo conduzidos à sede da PF

Suspeitos estão sendo conduzidos à sede da PF

Fraudes em licitações de merenda voltam a ser alvo de ação policial no Estado. Nesta sexta, 10, a Controladoria Geral da União, Ministério Público Federal e Polícia Federal deflagram mais uma etapa da operação ‘Brotherhood’, que desarticulou um esquema criminoso que desviou R$ 12 milhões em recursos para merenda no Estado.

Essa segunda fase da ação está ocorrendo em Maceió e nos municípios de Ibateguara, Rio Largo, Paripueira, São Luiz do Quitunde, Limoeiro do Anadia, Igreja Nova, Joaquim Gomes, Atalaia, Pindoba, Traipu, e São Miguel dos Campos, além dos municípios de Quipapá e Paulista, em Pernambuco. A operação conta com nove auditores da CGU e 88 policiais federais.

São investigados recursos de cerca de R$ 20 milhões em aquisições de prefeituras junto a empresas investigadas.

Estão sendo cumpridos 14 mandados de condução coercitiva e 22 mandados de busca e apreensão. Com o aprofundamento das investigações, foram revelados os demais participantes do esquema, além de detalhes sobre modo de atuação. A organização criminosa utilizava diversas empresas para atribuir aspecto de legalidade aos processos licitatórios das prefeituras. A participação ocorria por meio de procurador, geralmente um empregado vinculado a alguma das empresas integrantes do grupo.

Primeira fase
A Brotherhood teve origem em denúncias à Prefeitura de Traipu, parte delas formalizadas por agentes públicos do próprio município. Durante a apuração, a CGU considerou o histórico de irregularidades já praticadas por gestores anteriores, que resultaram na Operação Tabanga, deflagrada em 2009. A investigação constatou fraudes semelhantes em outros municípios da região.

Entre as falhas, a CGU identificou direcionamento de processos licitatórios; sobrepreço; superfaturamento; conluio entre as empresas participantes dos certames; “jogo de planilhas”; constituições de empresas de fachadas; utilização de sócio oculto; e omissões por parte das prefeituras quando do recebimento das mercadorias destinadas à merenda escolar.

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