Trabalhadores fazem protesto contra reforma da Previdência; Educação anuncia greve geral

Rodoviários estacionaram ônibus e fecharam vias no Centro até às 12h. Educação entra hoje em greve em toda rede estadual e municipal.

Cerca de 5 mil pessoas de diferentes movimentos sociais caminham, na manhã desta quarta-feira (15), na Praça dos Martírios, no Centro, em mobilização contra a reforma da Previdência, proposta pelo governo do presidente Michel Temer (PMDB).

De acordo com o ex-presidente da Central Única de Trabalhadores (CUT), Isaac Jackson, a população atendeu a convocação e conseguiu perceber como a proposta pode prejudicar a futura aposentadoria do trabalhador. “A sociedade respondeu bem. Não faz sentido em um estado como Alagoas onde temos um Renan Calheiros no Senado Federal, outro [Renan Filho] no governo de Alagoas e mais dois ministros [Marx Beltrão e Maurício Quintella] e não pressionar essas autoridades. Pernambuco mesmo só tem um ministro, por isso estamos pressionando, precisamos saber dessas autoridades qual é a posição”, destaca.

Ainda, segundo Issac Jackson, as mulheres é que mais saem prejudicadas com a reforma. A proposta quer instituir um aumento na idade mínima que passaria a ser de 65 anos tanto para homens quanto para mulheres. Em Alagoas, de acordo com estatísticas obtidas junto ao Sindicato dos Trabalhadores em Seguridade Social (Sindprev-AL) , a expectativa média de vida é de 66,5 anos, o que revolta a população.

“As mulheres são as mais prejudicadas por esse governo golpista. Aumenta-se 15 anos na aposentadoria da classe trabalhadora”, diz a presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Educação de Alagoas (Sinteal), Consuelo Correia.

A presidente informa ainda que os professores entram hoje em greve por tempo indeterminado. “Não dá pra precisar quantos professores estão envolvidos, mas só da educação básica são quase 2 mil”, avisa a presidente.

Em relação à paralisação dos rodoviários, o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários no Estado de Alagoas (Sinttro/AL) sinalizou que a paralisação se estendeu somente até às 12h. Após esse período os ônibus retornaram a circular normalmente na cidade.

A mobilização acompanha ainda a ocupação de prédios públicos, como o prédio do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) principal alvo do protesto.

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