O protesto contra a reforma previdenciária social e trabalhista deste 31 de março teve início em Maceió com a paralisação dos trabalhadores do transporte coletivo no entorno da Avenida Fernandes Lima, um dos principais corredores de transporte da capital. O ato ocorre em todo país e mobiliza categorias de luta dos trabalhadores do campo e da cidade, estudantes e a população em geral. Em Alagoas, as mobilizações acontecem em Maceió, Arapiraca e em Delmiro Gouveia.
Os rodoviários iniciaram a mobilização às 9h paralisando cerca de 20% da frota que circula na capital e isso refletiu no fluxo de veículos na região. De acordo com o presidente do sindicato dos Rodoviários, Ecio Ângelo, a
Écio Ângelo, presidente do sindicato dos Rodoviários
parada dos trabalhadores do transporte público rodoviário ocorre em todo o país e é uma resposta para as ações do governo federal que “vem acabando com os direitos dos trabalhadores. Ele quer até acabar com a Justiça do Trabalho, o que vai ser muito prejudicial e assim voltaremos ao tempo da escravidão”.
No Centro da capital, servidores públicos, trabalhadores do setor privado e sem-terra, estudantes e a população em geral se concentraram em frente ao Tribunal de Justiça, na Praça Marechal Deodoro, às 8h30. Após as falas dos presentes, eles seguem em caminhada para a Justiça do Trabalho, localizada no Praia da Avenida. Entre os gritos, os manifestantes expressaram a insatisfação com o governo federal por meio de faixas, panfletes e gritos de ordem de ‘Fora Temer’.
Segundo Écio Ângelo, essa é uma primeira mobilização que conta com o apoio de todas as categorias e outra está prevista para o final de abril. Ele destacou ainda que a confederação nacional que organiza os rodoviários espera uma resposta do governo em torno da mobilização. “Caso contrário iremos para geral, não só os rodoviários do transporte coletivo, mas os de trem, os navais, inclusive os do aeroporto”, assegurou.
