SESI Bonecos do Mundo leva gigantes ao Centro de Maceió

Aponte ComunicaçãoTorres andantes do Giramundo2

O maior festival de teatro de bonecos da América Latina já desembarcou pela primeira vez em Maceió. Em cena, estarão companhias de sete países – Estados Unidos, Peru, Coreia do Sul, Hungria, Itália, Rússia, além do Brasil. Outro destaque importante na programação é o espetáculo “Alice Live”, com a banda Pato Fu e o grupo Giramundo. O Sesi Bonecos já fez apresentações de segunda, 27 a quarta-feira, 29, no Teatro Deodoro, e terá sua apoteose neste sábado e domingo, 2 e 3 de dezembro, no Estacionamento do Jaraguá, a partir das 16h30. Tudo totalmente gratuito e com o patrocínio do SESI. 

Para chamar o público para o ponto alto do festival que ocorrerá neste fim de semana, em Jaraguá, o Sesi Bonecos preparou um aperitivo especial para os alagoanos, com intervenções urbanas nas ruas de Maceió. São os bonecos gigantes da Companhia Giramundo, que invadem a Avenida Moreira Lima, no Centro, às 10h desta sexta-feira, 1º de dezembro. 

No sábado e no domingo, as apresentações acontecem no Estacionamento do Jaraguá. O Espaço estará completamente transformado para o festival. A programação começa às 16h30 com espetáculos que interagem diretamente com o público. Haverá, ainda, um espaço especial para os mamulegueiros, a Praça dos Mamulengos. A estrutura é composta também por três palcos e uma ampla sala de exposição. “Já é uma marca registrada do festival: retiramos os bonecos dos pequenos espaços onde normalmente ocorrem as apresentações e os transportamos para uma superestrutura de luz e som”, ressalta Lina. 

Essa edição faz, ainda, uma homenagem especial ao mamulengo, como patrimônio imaterial da cultura brasileira, cujo ponto alto é uma exposição com quase 300 bonecos. Boa parte deles do acervo de Magna Modesto, umas das maiores pesquisadoras brasileiras sobre o tema. A mostra traz verdadeiras relíquias cedidas por mestres mamulengueiros. 

ESPETÁCULOS – Um dos diferenciais mais marcantes do Sesi Bonecos é a variedade de técnicas que o festival coloca em cena. “Há manipulações virtuosas com fio, que são de um apuro técnico e de um rebuscamento impressionante”, destaca Lina Rosa, citando como exemplo The Huber Marionettes (EUA) e o russo Viktor Antonov. “Em contrapartida, há companhias em que os fios são desnecessários e o resultado é tão impactante quanto”, compara referindo-se às companhias Hugo e Ines (Peru) e Girovago & Rondella (Itália), que usam partes do próprio corpo como “bonecos”. 

Mas o festival também conversa com o que temos de mais tradicional, como os mamulengos. Missão que fica a cargo dos mestres Zé Lopes e Waldeck, que estarão na Praça dos Mamulengos. Além disso, dentro da exposição, os mestres Tonho e Daniel de Chico esculpem, em tempo real, bonecos para o público. 

O Brasil também estará representado por companhias que trazem leituras bem contemporâneas dessa expressão teatral. O grupo mineiro Giramundo, que ao lado da banda Pato Fu, apresenta o “Alice Live”, uma releitura do clássico “Alice no País das Maravilhas”, Lewis Carroll. Os gaúchos da companhia Seres Imaginários, que trazem um teatro minimalista, para ser visto a poucos centímetros dos rostos das pessoas, é outro exemplo. O espetáculo é livremente inspirado em “O Livro dos Seres Imaginários”, de Jorge Luís Borges e Margarita Guerrero. 

O Sesi Bonecos é um trabalho de resgate e valorização da arte de manipulação de títeres que entra na sua 13ª edição. Já percorreu literalmente os quatro cantos do país, sendo aplaudido por cerca de 2,2 milhões de pessoas. Esteve em Maceió, em 2008, mas na versão “Bonecos do Brasil” – apenas com companhias nacionais – e foi visto por 38 mil pessoas. Essa é a primeira vez que a capital alagoana recebe o evento na sua versão “Bonecos do Mundo”, com artistas internacionais. 

“O festival está estruturado a partir de quatro pilares: conteúdo inteligente; conteúdo para todas as idades (não apenas para crianças); diálogo com as linguagens tradicional e contemporânea; e diversidade de técnicas”, detalha Lina Rosa, idealizadora do projeto. 

Para as apresentações, foram escolhidos dois espaços diferentes. Da segunda, 27, a quarta, 29, o público assistiu aos espetáculos no Teatro Deodoro, sempre a partir das 20h.  “É um espaço muito especial, não apenas pelo aspecto do patrimônio artístico e cultural, mas porque tem diálogos próprios com a cidade. É o resgate do espaço público para o público na sua melhor expressão”, diz Lina Rosa. 

No Teatro Deodoro, as companhias apresentaram-se durante o dia, para escolas, comunidades carentes e instituições filantrópicas. E à noite, o público que obteve os ingressos gratuitos, lotou o Teatro Deodoro. 

As apresentações do Sesi Bonecos com foco na inclusão de escolas públicas e de pessoas com deficiência e necessidades especiais também levaram arte para o público de Santa Luzia do Norte e Penedo. 

OFICINAS

Durante o Sesi Bonecos do Mundo também acontecerão oficinais gratuitas voltadas para profissionais ligados ao teatro, professores e universitários de artes cênicas e afins: atores, diretores teatrais, cenógrafos, diretores de arte, autores, designers, entre outros. As oficinas para profissionais acontecerão de segunda a sexta (Período: 27/11 à 01/12/2017), no Espaço Cultural Universitário da UFAL, na Praça Sinimbu – Centro. 

Serão duas oficinas com o objetivo de disseminar a cultura do teatro de bonecos e estimular a criação de espetáculos no gênero.  A primeira delas será coordenada por Marcos Ribas. No início dos anos de 1970, Marcos Ribas saiu da Universidade de Brasília, onde estudava, e foi morar em Nova York, onde realizou seus primeiros trabalhos. O Bode e a Onça foi a sua primeira montagem com o Grupo Contadora de Estórias, em 1971. Depois disso, nunca mais parou. Viajou o mundo participando dos principais festivais de teatro da Europa e dos EUA, além de temporadas de grande sucesso no Brasil. Nestes 40 anos de história dedicada aos bonecos, Marcos realizou 26 espetáculos diferentes que alegraram e fizeram pensar.

O grupo Hugo e Ines, formando em 1986, que surpreende o público apresentando as possibilidades expressivas de partes diferentes do corpo, ficará responsável pela oficina “Drama com Corpo”. Os artistas Hugo Suarez e Ines Pasic criam personagens corporais usando pés, joelho, barriga, cotovelo, numa dramaturgia criativa e sem uso de palavras.

 

Local das oficinas: Espaço Cultural Universitário da UFAL – Sala Branca – Praça Sinimbu, Centro de Maceió

Inscrições e Informações: oficinabonecospe2017@gmail.com

Capacidade: 20 alunos

Período: 27/11 à 01/12/2017

Carga horária: 20 horas

Os cursos são inteiramente gratuitos.

 

Fonte: Aponte Comunicação

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