Capitão Rodrigues: dono do celular diz que capitão adotou abordagem técnica

Caio Loureiro / TJ-ALcelular

A primeira testemunha a depor no julgamento do corretor de imóveis Agnaldo Lopes de Vasconcelos, acusado de matar o capitão Rodrigo Moreira Rodrigues, em 9 de março de 2016, foi Felipe Rangel Jucá. Felipe teve o celular roubado naquele dia, o aparelho foi rastreado pelo militar via GPS até a residência do suspeito, no Conjunto Jardim Petrópolis II, bairro de Santa Amélia.

De acordo com a testemunha, o capitão teria batido na porta por diversas vezes, inclusive com ajuda de um vizinho. Com a possível relutância do proprietário em abrir a porta, o capitão teria subido no muro onde passou a discutir com o corretor.

“Depois de 10 minutos, o capitão subiu no muro e ficou acocorado discutindo”, disse a testemunha. Depois do bate-boca, Felipe Rangel confirma ter ouvido três disparos de arma de fogo que ceifaram a vida do capitão.

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A versão corrobora com a tese mantida pelo Ministério Público do Estado (MPE) de que o homicídio foi realizado de maneira consciente e contra um agente da segurança. Já a defesa, realizada pelo advogado Joanísio Pita de Omena, alega que o corretor agiu em legítima defesa e que houve erro na abordagem do policial.

“A gravação do 190 é fantástica, porque acontece no momento da ação. Quando Agnaldo pede a sua companheira que ligue para a polícia, ela no desespero, em vez de ligar diretamente, liga para mãe que está duas casas depois. Isso está registrado nos autos, ela liga primeiro para o 180, depois para o 190. E ela informa que é [uma ação de] ladrão, essa era a consciência que se tinha. Jamais se acreditou que era polícia”, disse Joanísio Pita.

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