Militares fazem ato em frente ao Palácio do Governo e ameaçam aquartelamento
Policiais e Bombeiros Militares se reuniram na tarde de hoje, em frente ao Palácio República dos Palmares, sede do Governo, no Centro de Maceió, em ato público, cobrando valorização salarial e correção da lei de promoção. O encontro serviu também para deliberar sobre o aquartelamento da tropa, caso a reivindicação não seja atendida.
Centenas de militares se concentraram na Rua Cincinato Pinto, em frente ao portão de acesso ao Palácio, seguindo em passeata em direção à Assembleia Legislativa Estadual (ALE), após falas de representantes de várias associações e entidades ligados à categoria.
Cel. J. Cláudio, presidente da Assomal
O presidente da Associação dos Oficiais Militares de Alagoas (Assomal), Cel. J. Cláudio, explicou a reportagem do Alagoas24Horas que desde novembro do ano passado, uma proposta solicitada pelo próprio Governo do Estado foi encaminhada a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag). Ainda segundo ele, a proposta encontra-se “travada”, já que o governo não concordou com os valores apresentados alegando que isso teria “impacto maior do que o possível na folha salarial”.
O presidente disse ainda que oito encontros foram realizados entre os representantes e o secretário da pasta, Fabrício Marques Santos, e que, inclusive, um mediador teria sido designado pelo TJ-AL, mas que ainda não conseguiram se reunir com o governador Renan Filho, uma das exigências dos militares.
Militares fazem ato em frente ao Palácio do Governo e ameaçam aquartelamento
De acordo com o calendário de mobilização, a primeira medida será a parada da Força Tarefa a partir da zero hora da quinta-feira (12) e um acampamento está previsto para ser realizado no mesmo dia, em frente a sede da Secretaria da Fazenda, na Rua General Hermes, na Cambona.
Cronograma de atividades
Na sexta-feira (13), os militares prometem interditar o Porto de Maceió e retirar a Brigada de Incêndio do Bombeiro Militar do Aeroporto Zumbi dos Palmares, além de suspender a autuação dos agentes de proximidade (civis), do Programa Ronda no Bairro, por crime de usurpação de função, exclusiva, da Polícia Militar, e entrar em aquartelamento de advertência por 24 horas, a partir das 19 horas deste dia.
No sábado (14), o planejamento é para a não realização do policiamento militar do jogo do Campeonato Brasileiro da Série B, entre CSA e Goiás.
Sobre o assunto, a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) emitiu uma nota no fim da tarde de hoje. Leia na íntegra:
O Governo de Alagoas, por meio da Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), tem procurado resolver todos os pleitos das associações militares de Alagoas, respeitando as possibilidades financeiras do Estado.
A Seplag reforça que a Mesa de Negociação continua sendo o canal de diálogo com os servidores públicos estaduais e que o Governo está aberto para receber e conversar com todas as partes que trabalham pelo bom andamento da máquina pública.
Em relação às reuniões com a categoria, é necessário pontuar que já fizemos alguns encontros e que, neste momento, toda a negociação está sendo acompanhada de perto pelo governador Renan Filho.
Militares fazem ato em frente ao Palácio do Governo e ameaçam aquartelamento
Militares fazem ato em frente ao Palácio do Governo e ameaçam aquartelamento
Lideranças do movimento criticaram também a concessão de aumento para a Polícia Civil, agentes penitenciários e delegados, e exigiam a equiparação do salário do coronel com os dos delegados e o escalonamento até os soldados, além de criticar a tentativa de visita do governador Renan Filho, ao ex-presidente Lula, preso na superintendência da Polícia Federal, no Paraná, na tarde de ontem (10).
Fazem parte do movimento a Associação dos Oficiais, Associação dos Subtenentes e Sargentos, Associação dos Coronéis da Polícia e dos Bombeiros Militares, Associação dos Cabos e Soldados, Associação dos Praças, Associação dos Bombeiros Militares e Associação dos Militares da Reserva.
