Após encontro com Bolsonaro, líder do MDB diz que partido não vai fazer indicações para o governo

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Baleia Rossi (SP), líder do MDB na Câmara, diz que o partido não fará indicações para o governo Bolsonaro

Após encontro com o presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), na tarde desta terça-feira (4), o líder do MDB na Câmara, deputado Baleia Rossi (SP), disse que o partido não vai fazer indicações para o governo eleito.

Bolsonaro participou na tarde desta terça das primeiras reuniões com bancadas de partidos políticos. Ele recebeu no gabinete de transição, em reuniões separadas, deputados federais do MDB e do PRB.

“Estamos vivendo uma nova política. O MDB não reivindicou cargos, não tem pretensão de indicar ninguém no governo, mas tem a responsabilidade de debater uma agenda programática, uma agenda que possa significar geração de empregos, melhora na economia, melhora na qualidade de vida da população”, afirmou Baleia Rossi.

O deputado também negou a influência do MDB na escolha do futuro ministro da Cidadania, deputado Osmar Terra (MDB-RS). Ele creditou a opção de Bolsonaro a uma indicação da frente parlamentar de promoção social.

Para o líder, a escolha “coroou” o trabalho de Terra como ministro do Desenvolvimento Social durante maior parte da gestão do atual presidente Michel Temer.

“Não foi uma indicação partidária [a de Terra], portanto, o presidente cumpre o que prometeu durante a campanha, mas coroou um trabalho de um deputado federal do MDB que fez um grande trabalho no Ministério do Desenvolvimento Social, indicado ele pela frente parlamentar da promoção social”, disse o líder do MDB.

Apoio no Congresso

Até o momento, o presidente eleito havia dado preferência para as conversas com bancadas temáticas, como a ruralista e a evangélica. As bancadas temáticas também foram consultadas na composição da equipe ministerial de Bolsonaro, que terá 22 ministros em seu governo, a partir de janeiro de 2019.

Além de MDB e PRB, Bolsonaro tem previsão de se encontrar na quarta-feira (5) com as bancadas do PSDB e do PR. O presidente eleito precisará do apoio dos partidos para aprovar projetos de seu interesse no Congresso Nacional, entre os quais, a reforma da Previdência.

Bolsonaro e o futuro chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, têm dito que não trocarão cargos e verbas por apoio parlamentar, o chamado “toma-lá-dá-cá”. A composição do ministério do futuro governo foi definida com militares, técnicos e políticos.

MDB

Com 52 deputados no momento e 34 na bancada que tomará posse em fevereiro de 2019, o MDB foi o primeiro partido recebido por Bolsonaro.

Segundo o líder da bancada, deputado Baleia Rossi (SP), participaram do encontro 25 deputados reeleitos, nove deputados novos e outros integrantes do partido. O futuro ministro da Cidadania, deputado Osmar Terra (MDB-RS), esteve no encontro.

O líder afirmou que a reunião foi “amistosa” e abriu um canal de “diálogo” com Bolsonaro. O presidente eleito apresentou algumas propostas, mas sem tratar de forma específica sobre projetos, segundo Baleia.

Questionado se o MDB fará parte da base de apoio do governo Bolsonaro, o líder declarou que “institucionalmente” a legenda se declarou “independente”, porém será responsável nas votações.

“Nós vamos debater cada um dos projetos apresentados e vamos votar com responsabilidade”, disse.

Agricultura

Bolsonaro também se reuniu nesta terça com a futura ministra da Agricultura, a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS). A parlamentar informou que o encontrou discutiu questões como o cultivo de banana no Vale do Ribeira, no interior de São Paulo.

Tereza ainda afirmou que o diretor do Departamento de Promoção Comercial e de Investimentos do Itamaraty, embaixador Orlando Leite Ribeiro, está entre “um dos nomes fortes” para ocupar a Secretaria de Relações Internacionais do Agronegócio do Ministério da Agricultura.

Sobre a transferência da Fundação Nacional do Índio (Funai) para a pasta da Agricultura, Tereza reafirmou que a decisão ainda não foi tomada.

Fonte: G1

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