Naufrágio em Maragogi: perícia da Marinha pode ajudar a esclarecer se houve imprudência

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Naufrágio em catamarã

O delegado Ailton Prazeres que preside o inquérito que apura as responsabilidades pela morte de duas turistas do Ceará, no naufrágio do catamarã, em Maragogi, aguarda o resultado de uma perícia realizada pela Capitania dos Portos para esclarecer as questões relativas à segurança da embarcação.

Segundo o delegado, após ouvir oito testemunhas do acidente, há indícios de que houve imprudência por parte do marinheiro que conduzia a embarcação. Nem todo mundo no catamarã foi orientado a usar os equipamentos de segurança, a exemplo das duas vítimas fatais. “A responsabilidade maior é a não observância de algumas medidas de segurança, como entregar os coletes salva-vidas antes de funcionar a embarcação. E isso não foi feito de forma completa. justamente as duas senhoras que faleceram estavam sem colete”, disse o delegado.

Com base nesses depoimentos, o delegado acredita que o condutor pode ser indiciado por crime de homicídio culposo. “Além da não observância dos dispositivos de segurança, o marinheiro não estava pilotando a embarcação a que estava acostumado porque houve uma troca em virtude da grande quantidade de tripulantes”, completa.

Prazeres esclarece ainda que apesar de o resultado da perícia não ter sido entregue, a Marinha adiantou que a embarcação estava dentro do padrão de navegabilidade e passou por vistoria há cerca de 10 dias. O que não, havia, segundo o delegado, era permissão da prefeitura para realização de passeios turísticos.

Questionado sobre as condições do tempo para o passeio o delegado completa que nenhuma embarcação estava autorizada a realizar passeio até as piscinas naturais naquele sábado, em virtude da maré alta.

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