Mãe de bebê morto a dentadas é salva antes de ser morta por tribunal do crime

A mãe do bebê que morreu após levar socos e dentadas em Praia Grande, no litoral de São Paulo, foi sequestrada por uma facção criminosa e ficou presa em cativeiro para ser julgada pelo ‘tribunal do crime’ na noite desta quarta-feira (8). A Polícia Militar fez o resgate pouco antes da autorização para matá-la ser dada. Ninguém foi preso. As informações foram confirmadas na manhã desta quinta-feira (9).

De acordo com a Polícia Militar, na noite desta quarta-feira, uma denúncia anônima levou as equipes da 2ª CIA até o local onde os criminosos aguardavam a ‘ordem’ para matar Giulia de Andrade Cândido, de 21 anos, na Avenida Sambaiatuba.

Três homens armados faziam a segurança do barraco onde Giulia estava sendo mantida em cativeiro e, ao ver a aproximação dos policiais, correram em direção ao lixão próximo ao local. Ninguém foi preso.

Dentro do barraco, Giulia foi resgatada com vida e sem ferimentos. Ela foi encaminhada ao 2º DP de São Vicente, onde o caso foi registrado como sequestro e cárcere privado.

Giulia foi indiciada por falso testemunho pelos depoimentos contraditórios que deu em defesa do padrasto de Anthony, de um ano e três meses, que foi levado morto à uma unidade de saúde com mordidas de adulto no rosto e diversas fraturas espalhadas pelo corpo.

O casal passou por audiência de custódia nesta terça-feira e foi determinado que ela responderá em liberdade. O padrasto teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e deverá continuar preso.

Agressão
Anthony foi levado pelo padrasto à Unidade de Pronto Atendimento Samambaia por volta das 23h40 de domingo (5), já sem vida. A Polícia Militar foi chamada depois que os enfermeiros de plantão encontraram hematomas, fraturas e mordidas no corpo da criança.

De acordo com o relato das testemunhas à polícia, a criança chegou à unidade de saúde com sangue na boca, sendo carregado por Ronaldo. O bebê tinha uma mordida no rosto que o padrasto afirmou ter sido feita por um filhote de cachorro da família. Contestado sobre ser dentição humana, ele respondeu que teria sido um outro filho do casal, de cinco anos, que mordeu o pequeno.

Ainda de acordo com o depoimento dado à polícia, o padrasto relatou que colocou a criança para dormir às 19h de domingo após tomar mamadeira. Quando Giulia chegou do trabalho, por volta das 20h, ela teria visto o filho de longe, enrolado no cobertor, e não quis acordar o bebê, saindo para comprar salgado para o outro filho.

Já por volta das 23h30 a mãe decidiu olhar o filho, quando percebeu que a criança já estava morta no berço. Os dois enrolaram o bebê em um cobertor e levaram à emergência. Questionados sobre os ferimentos de Anthony, o casal se contradisse, dizendo primeiro que não lembravam dele ter se machucado e, já na delegacia, afirmando que ele havia caído há dois dias do alto de uma escada em formato ‘caracol’ na casa onde residem.

Questionada sobre o motivo de não ter levado a criança ao hospital, a mãe disse à polícia que não teve tempo pois trabalha muito. Em exames, foi constatado que Anthony tinha fratura no crânio, tórax, clavícula, no nariz, mandíbula e presença de sangue no ouvido e diversos hematomas na testa e no rosto.

Fonte: G1

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