Imprensa internacional repercute postura de Bolsonaro diante da pandemia de coronavírus

Diversos veículos da imprensa internacional estão noticiando a postura do presidente Jair Bolsonaro frente à pandemia de coronavírus, pelo fato de defender a retomada de atividades econômicas e o fim do isolamento, contrariando recomendações da Organização Mundial da Saúde e de especialistas.

A rede pública britânica publicou reportagem neste domingo descrevendo as atitudes de Bolsonaro que dão a entender que ele não está levando a sério o perigo da pandemia.

“Enquanto o mundo tenta desesperadamente combater a pandemia de coronavírus, o presidente do Brasil está fazendo o possível para minimizá-la”, afirma o texto. “Jair Bolsonaro tem relutado bastante para levá-la a sério. Indo contra o conselho de seu próprio Ministério da Saúde, no início de março, e enquanto aguardava os resultados de um segundo teste de coronavírus, ele deixou o auto-isolamento para participar de manifestações contra o Congresso”, destaca a BBC.

A “The Economist”, uma das revistas mais importantes do mundo, chamou o presidente Jair Bolsonaro de “BolsoNero” –o último imperador romano, tido como um tirano extravagante que, para a população, iniciou um incêndio para construir um palácio.

O artigo da revista afirma que o Sars-Cov-2 ignora classes sociais no Brasil, que são socialmente distante, mas fisicamente próximas. “Um vetor pode ser o presidente populista, Jair Bolsonaro. No dia 15 de março, depois que seu secretário de Comunicações foi diagnosticado com o vírus, ele ignorou ordens de quarentena e tirou selfies com fãs. Quando o primeiro brasileiro morreu de Covid-10 no dia seguinte, ele denunciou uma ‘histeria’ sobre o vírus.”

“The New York Times”, Estados Unidos

O jornal norte-americano reproduziu um texto da agência de notícias Reuters no qual se afirma que as medidas econômicas de austeridade põem em risco a luta contra o coronavírus.

Está escrito que as medidas para mitigar a pandemia no Brasil são “muito cautelosas e limitadas”.

“A razão para isso é em grande parte política. O presidente Jair Bolsonaro, que assumiu em janeiro de 2019 com a promessa de uma mudança econômica, repetidamente culpou a ‘histeria’ da mídia por causar pânico em torno do que ele classifica de ‘uma gripezinha’. Ele chamou o fechamento do comércio em muitos dos estados de ‘um crime’.”

“The Atlantic”, Estados Unidos

Texto da 'The Atlantic' em que Bolsonaro é chamado de líder de movimento negacionista — Foto: Reprodução

Texto da ‘The Atlantic’ em que Bolsonaro é chamado de líder de movimento negacionista — Foto: Reprodução

A revista descreveu as frases de Bolsonaro a respeito da pandemia, como a que descreve o Sarc-Cov-2 como uma gripezinha e a declaração de que “brasileiro tem que ser estudado” porque “pula no esgoto ali, sai, mergulha, tá certo? E não acontece nada com ele”.

No título, a publicação classifica o presidente do Brasil como o líder do movimento de negacionistas do vírus.

“O movimento de negacionistas do coronavírus agora tem um líder””, afirma a revista. “O presidente Jair Bolsonaro atacou as autoridades locais que implementaram isolamentos severos, os acusando de destruir o país”, descreveram.

Fonte: G1

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