Weintraub vai à sede da PF, em Brasília, para depor em inquérito sobre suposto crime de racismo

Ministro da Educação insinuou, em rede social, que China poderia se beneficiar de propósito da crise do coronavírus. Weintraub entregou posição por escrito e deixou o prédio.

Reprodução / Globo

Abraham Weintraub

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, compareceu à sede da Polícia Federal em Brasília, nesta quinta-feira (4) para depor no inquérito que apura suposto crime de racismo cometido em rede social.

Weintraub chegou ao prédio conhecido como “Máscara Negra”, na área central de Brasília, por volta das 14h40 e deixou o local meia hora depois, às 15h12.

O depoimento estava marcado para as 15h. A GloboNews apurou que o ministro da Educação entregou o depoimento por escrito e, por isso, não respondeu a perguntas.

Em uma rede social, Weintraub afirmou que foi recebido na sede da PF pelo diretor-geral da corporação, Rolando Alexandre de Souza.

“Prestei depoimento à PF, em respeito à Polícia. Fui muito bem recebido pelo diretor-geral Rolando e por toda sua equipe. Agradeço especialmente a você, que me apoia na luta pela LIBERDADE!”, publicou o ministro da Educação.

No fim de maio, o ministro optou por ficar calado ao ser ouvido pela PF em outro inquérito, relacionado à reunião ministerial de 22 de abril (veja abaixo).

No começo de abril, Weintraub fez, em uma rede social, insinuações de que a China poderia se beneficiar, de propósito, da crise mundial causada pelo coronavírus. Depois, ele apagou o texto. O texto de Weintraub imitava o jeito de falar do personagem Cebolinha, da Turma da Mônica, que troca a letra “R” pela “L”.

O ministro ridicularizou o fato de alguns chineses, quando falam português, efetuarem a mesma troca de letras. Dias depois, Weintraub afirmou que poderia pedir perdão pela publicação caso a China se comprometesse a fornecer respiradores ao Brasil.

O depoimento foi determinado pelo ministro relator do caso no Supremo Tribunal Federal, Celso de Mello. Nesta quarta, o magistrado negou pedido da defesa de Weintraub para que o compromisso fosse remarcado.

Decano do STF, Celso de Mello entendeu que ministros de Estado não têm a prerrogativa de marcar data, horário e local do depoimento quando figuram na condição de suspeitos, investigados, indiciados ou réus. No caso, Weintraub consta como investigado.

Inquérito das fake news

Weintraub também é investigado no chamado “inquérito das fake news”, aberto pelo Supremo Tribunal Federal. Na última sexta-feira (29), ele ficou em silêncio em depoimento à PF.

O ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes determinou o depoimento para esclarecer a manifestação de Weintraub na reunião ministerial de 22 de abril.

No encontro, Weintraub defendeu a prisão de ministros do STF, chamados por ele de “vagabundos”. “Eu, por mim, botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”, declarou o ministro na ocasião. Veja no vídeo abaixo:

Fonte: G1

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