Vacina contra Covid-19: UnB considera positivo resultado de testes em chineses

Testes de vacina contra a Covid-19 no Distrito Federal — Foto: TV Globo/Reprodução

Pesquisadores da Universidade de Brasília (UnB) consideram positivo o resultado da testagem da vacina contra a Covid-19 em chineses. Nesta quarta-feira (23), o governo de São Paulo anunciou que 94,7% dos mais de 50 mil voluntários analisados não apresentaram efeitos adversos à Coronavac. (saiba mais abaixo)

O resultado, porém, não afetará o desenvolvimento dos testes no Distrito Federal, que são conduzidos pelo Hospital Universitário de Brasília (HUB). “A pesquisa continuará sendo realizada conforme o planejado”, afirmou Gustavo Romero, pesquisador à frente da avaliação na capital.

“Essa informação do [Instituto] Butantan é muito positiva, mas não tem impacto no planejamento das atividades do ensaio clínico em andamento no Brasil”, ressaltou o pesquisador.
Testagem no DF

Os testes com a vacina chinesa começaram no Distrito Federal em 5 de agosto, apenas em profissionais da saúde.O HUB é um dos 12 centros no Brasil que participam do ensaio clínico, coordenado pelo Instituto Butantan e autorizado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Até esta quarta-feira (23), não havia registo de voluntários que apresentaram efeitos adversos no DF. A expectativa é de que as pessoas que receberam a dose sejam monitoradas por até um ano, porém, os resultados podem ser demonstrados antes, avaliam os pesquisadores.

Inscrições continuam abertas
Os profissionais de saúde da capital interessados em participar dos testes da vacina ainda têm oportunidade. De acordo com o HUB, as inscrições continuam abertas.

“O cadastro de manifestação de interesse permanece aberto, porque alguns dos mais de mil voluntários que já enviaram e-mail não cumprem os critérios de inclusão ou não estão dispostos a seguir a rotina de acompanhamento ao longo de um ano”, informou o hospital.
Os interessados podem fazer o cadastro na plataforma online do Instituto Butantan. No Distrito Federal, a meta é vacinar 850 pessoas, todas profissionais de saúde, que estejam expostos ao vírus.

Resultados positivos
Nesta quarta, o governador do estado de São Paulo, João Doria (PSDB), anunciou, em entrevista coletiva, os resultados dos testes nos chineses. De acordo com ele, a pesquisa analisou 50.027 voluntários na China.

Conforme os dados divulgados, só foram percebidos efeitos adversos de grau baixo em 5,36% dos imunizados. Os mais frequentes são:

Dores leves no local da aplicação (3,08%)
Fadiga (1,53%)
Febre moderada (0,21%)
No Brasil, a CoronaVac está na fase 3 de testes. A expectativa inicial era de que a vacina seria aplicada em 9 mil voluntários, entretanto, o Instituto Butantan pretende ampliar o número de pessoas analisadas para 13 mil, em fase subsequente.

Aquisição
No domingo (20), Doria anunciou que o estado vai receber 5 milhões de doses da CoronaVac em outubro. Porém, os detalhes do acordo com o a Sinovac, laboratório chinês à frente do desenvolvimento da imunização, são sigilosos.

Caso a vacina seja aprovada nos testes clínicos da fase 3, a produção em solo nacional será feita em uma fábrica que o governo de São Paulo presente adaptar.

Em agosto, o ex-secretário de Saúde do Distrito Federal, Francisco Araújo, preso na operação Falso Negativo, que investiga fraudes na compra de testes para a Covid-19, anunciou que a pasta negociava um termo de cooperação com o Grupo Farmacêutico Nacional da China (Sinopharm) para a aquisição de vacinas contra o novo coronavírus.

O ex-secretário divulgou a informação durante audiência pública remota da Comissão de Fiscalização, Governança, Transparência e Controle (CFGTC) da Câmara Legislativa do DF (CLDF). À época, devido a um termo de confidencialidade, a pasta não pôde passar mais detalhes sobre as tratativas.

Vacina da Bélgica testada no DF
A partir de 1° de outubro, o Distrito Federal vai receber testes de mais uma vacina contra a Covid-19. O medicamento, desenvolvido por uma empresa da Bélgica, pretende aplicar a dose em 800 voluntários da capital.

“A imunização não é restrita a profissionais da saúde”, explicam os pesquisadores.
As inscrições para participar dos estudos são feitas pelo site do L2ip Instituto de Pesquisas Clínicas. Serão selecionados participantes de quatro grupos:

Pessoas saudáveis de 18 a 59 anos
Pessoas com comorbidades de 18 a 59 anos
Idosos acima de 60 anos
Pessoas que já tiveram Covid-19

A nova pesquisa foi autorizada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em agosto. A vacina (Ad26.COV2.S) é desenvolvida pela Janssen Pharmaceuticals, do grupo Johnson & Johnson. No Brasil, o estudo vai ser vistoriado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Fonte: G1

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