Semudh se reúne com jovem torturado em supermercado no Tabuleiro do Martins

Reunião com jovem de 19 anos

A secretária da Mulher e dos Direitos Humanos, Maria Silva, e a superintendente de Políticas para os Direitos Humanos e a Igualdade Racial, Mirabel Alves receberam, nesta sexta-feira (27), o jovem de 19 anos que denuncia ter sido vítima de tortura em supermercado, no bairro Tabuleiro do Martins, no final de semana passado. O encontro ocorreu na sede da Semudh, onde a secretária ofereceu apoio e acompanhamento jurídico.

“Diariamente acompanhamos e buscamos justiça para casos de racismo e de agressão contra a comunidade negra, como também de violação dos direitos humanos em todo o Estado. É inadmissível que em 2020 ainda existam pessoas que são julgadas pela cor da sua pele, pelo seu cabelo ou pelas roupas que utilizam. A Semudh está aqui para trabalhar no enfrentamento e no combate de toda e qualquer agressão aos direitos humanos da população alagoana. Um País civilizado e democrático não pode conviver com esse tipo de barbárie”, afirmou Maria Silva.

A denúncia de tortura está sendo investigada pelo delegado Odenberg Paranhos. O presidente do inquérito disse que solicitou imagens de circuito interno de segurança do supermercado para dar continuidade à investigação. O caso também está sendo acompanhado pela Comissão de Promoção de Igualdade Social da OAB.

As denúncias de casos de violação dos direitos humanos, em âmbito nacional, podem ser realizadas pelo Disque 100. Em Alagoas, o contato com a Secretaria de Estado da Mulher e dos Direitos Humanos pode ser feito por meio da Superintendência de Políticas para os Direitos Humanos e a Igualdade Racial nos telefones (82) 3315-3792 ou (82) 988797571, ou na sede da instituição na Rua Cincinato Pinto, 503, no Centro de Maceió.

Caso

O jovem, que não terá o nome divulgado, foi abordado no supermercado ao tentar comprar um aparelho de telefone celular. Ele foi abordado pelos seguranças, que o acusaram de furtado um celular no dia anterior. Ele foi levado para uma sala e tortura, além de obrigado a gravar um vídeo confessando o crime que garante que não cometeu.

 

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