Governo confirma calendário escolar, mas aulas presenciais dependem de condições sanitárias

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O governador Renan Filho (MDB) confirmou que o retorno das atividades educacionais em escolas da rede estadual de ensino terá início a partir do dia 1º de março. O chefe do Executivo anunciou que os servidores da Educação passarão a receber seus salários dentro do mês trabalhado, a exemplo da categoria da Saúde.

Em entrevista coletiva ao lado dos secretários da Educação e da Saúde, Fábio Guedes e Alexandre Ayres – respectivamente – Renan Filho informou ainda que uma haverá reunião com os prefeitos alagoanos para definir quais unidades deverão ou não ter o retorno presencial das aulas.

Fábio Guedes explicou que foi elaborado um plano para o retorno das atividades e será discutido em reunião.

“Seguindo as orientações, estamos elaborando um plano de retorno às atividades e ouvindo as experiências de cada estado. Estamos muito atentos às condições sanitárias do Estado, mas precisamos retomar o calendário letivo de 2021. Nós juntamos os calendários do ano passado com esse ano. Temos uma preparação para março, onde não teremos – necessariamente – aulas presenciais”, afirmou Guedes.

O secretário da Educação destacou ainda que a indefinição do Plano Nacional de Imunização (PNI) tem prejudicado o retorno das atividades escolares.

“As atividades, de fato, começam a partir do dia 1º de março para o retorno dos profissionais de educação para planejar o ano letivo. A situação nacional de indefinição do Plano Nacional de Imunização atrapalha o retorno da Educação. Os municípios estão se baseando na orientação estadual. Boa parte dos prefeitos buscaram retomar as aulas virtuais”, concluiu.

“As aulas irão retornar, só iremos discutir se será presencial ou não. Pode ser que não voltemos presencialmente para evitarmos aglomerações e aumento do contágio. A demora da vacina atrapalha a Educação e outros segmentos, pois o cidadão não retoma ao seu trabalho prejudicando a Economia e também prejudica a Saúde, pois mais pessoas são internadas”, comentou Renan Filho.

ATRASO E FALTA DE VACINAS

Durante a coletiva, o secretário da Saúde, Alexandre Ayres, e o governador Renan Filho criticaram a falta de coordenação do Ministério da Saúde e do Instituto Butantan, além da falta de transparência por parte do Governo Federal ao divulgar informações precipitadas sobre a vacinação no país.

“Importante que o país faça uma releitura disso tudo. Eu propus um novo diálogo com o ministro para esclarecer contratos e entregas. A previsão é de que tenhamos 5 milhões de doses para o Brasil inteiro. Essa divisão entre os governos Federal e de São Paulo precisa acabar. Precisamos saber quando irão produzir vacinas tanto o Butantan como a Fiocruz, que é isso que vai trazer a vacinação de fato para o país”, ponderou Renan Filho.

“O Ministério da Saúde divulgou um calendário e, após a reunião com o ministro, o Butantã apresentou uma nota informando que não tem como cumprir com a quantidade de doses divulgadas pelo Ministério da Saúde. Isso nos pegou de surpresa. Temos cobrado maior clareza e está faltando transparência. As pessoas precisam saber quando chegará a vez de ser vacinado. Precisamos da colaboração de todos os entes. Manifestamos essa preocupação por parte da falta de planejamento do Ministério da Saúde.

AUMENTO DOS LEITOS DE UTI

Renan Filho confirmou que, devido ao aumento de casos em Alagoas, o Estado passou a ofertar novos 70 leitos de UTI, totalizando 300. O chefe do Executivo municipal frisou – mais uma vez – a importância do uso de máscaras e distanciamento social para que diminua o estresse da rede pública de saúde.

“Iremos ampliar mais 70 leitos de UTI no Estado, chegando a 300 leitos. Não adianta somente o Estado construir os leitos, mas o fundamental é o cidadão colaborar para não adoecer. Também é fato que a vacinação está próxima”, finalizou.

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