Funcionário é preso suspeito de matar empresário com 14 facadas

Crime aconteceu no sábado (20), e suspeito foi preso com uma faca e o celular da vítima. Imagens de câmeras de segurança mostram funcionário entrando na casa do patrão.

Jonathan Oliveira foi morto com pelo menos 14 facadas, em Maringá — Foto: Reprodução/RPC

A Polícia Civil investiga a morte do empresário Jonathan Reis de Oliveira, de 26 anos, que foi esfaqueado pelo menos 14 vezes, em Maringá, no norte do Paraná. O suspeito do crime é um funcionário da vítima.

O crime aconteceu no sábado (20). O suspeito Mateus Felipe Marçal, de 24 anos, foi preso no dia do crime. Segundo a polícia, ele foi encontrado em casa com uma faca e o celular da vítima.

Jonathan tinha uma empresa de limpeza de estofados, e Mateus trabalhava como ajudante.

De acordo com a polícia, imagens mostram o suspeito entrando na casa da vítima e saindo alguns minutos depois.

“Pelas imagens, a gente deduz que ele estava sob efeito de alguma substância entorpecente, diante da movimentação dele. Ele sai colocando algo na cintura, possivelmente a arma utilizada no crime”, afirmou o delegado Diego Garcia.

Interrogatório
O suspeito foi interrogado na delegacia antes de ser preso. De acordo com a polícia, as respostas foram contraditórias.

Mateus afirmou que teria agido em legítima defesa. Ele também afirmou que estava com o celular do patrão porque Jonathan deu o aparelho a ele.

Veja um trecho do interrogatório:

Delegado: Qual sua participação na morte do Jonathan?
Suspeito: Então, ele atentou contra a minha vida e eu saí da casa dele.
Delegado: Então o senhor matou ele porque ele atentou contra a sua vida?
Suspeito: Minha participação na morte dele foi justamente essa, né? Minha participação, assim, não foi um crime. Como eu falei, foi legítima defesa. Mas se chegar a caracterizar um crime, digamos assim, eu seria o mandante. Se aconteceu realmente o homicídio dele e ele se tornou uma vítima, eu não sei realmente quem chegou a fazer o crime, entendeu? Minha participação foi só essa.
Delegado: O senhor foi para a casa do Jonathan com essa faca que foi apreendida pelos policiais militares?
Suspeito: É, exatamente, tanto porque, assim… O que acontece era que ele já tava utilizando, tinha faca na casa dele e tal. Ele me chamava, ele ficava utilizando faca do meu lado e tal. EU uso assim mais por instinto de defesa, que eu não tenho arma, nada.
Delegado: Porque o senhor estava com o celular da vítima?
Suspeito: É, porque eu peguei o celular, peguei o cartão, levei pra casa. Ele me passou a senha do cartão dele, aí eu levei lá para casa pra ver se tinha dinheiro.

Motivação
A polícia investiga a motivação do crime. Segundo o delegado Diego Garcia, o suspeito pode responder por latrocínio, quando há um roubo seguido de morte, ou por homicídio.

“Pelo fato de ser um funcionário que já era usuário de entorpecente, a gente deduz que ele possa ter chegado na casa da vítima com a intenção de receber um dinheiro a mais, o que pode ter causado a desavença entre eles”, afirmou o delegado.

Fonte: G1

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