Polícia prende 16 em operação contra suspeitos de desaparecimento dos 3 meninos do RJ

Segundo a corporação, traficantes do Complexo do Castelar estão envolvidos com o sumiço, ocorrido há 5 meses, roubos e outros crimes.

Lucas Matheus, 8 anos; Alexandre da Silva, 10 anos; e Fernando Henrique, 11 anos, desapareceram no dia 27 de dezembro — Foto: Reprodução

A Polícia Civil do RJ fez nesta sexta-feira (21) uma operação na Baixada Fluminense para prender traficantes investigados, entre outros crimes, pelo desaparecimento dos três garotos de Belford Roxo, há quase cinco meses. Ao todo, 16 pessoas foram presas.

Segundo as investigações, a quadrilha do Complexo do Castelar acusou falsamente uma família pelo sumiço dos meninos para prejudicar o trabalho dos policiais. A polícia afirma que um pai chegou a ser torturado e obrigado a deixar a favela com a companheira e os quatro filhos.

O bando também é investigado por instaurar um “tribunal do tráfico” na região e por roubar veículos e cargas em toda a Baixada Fluminense. A polícia não informou se os garotos estão vivos.

Equipes saíram da Cidade da Polícia às 5h30 para cumprir 24 mandados de prisão. Um blindado dava apoio a 150 policiais.

Lucas Matheus (8 anos), Alexandre da Silva (10 anos) e Fernando Henrique (11 anos) não são vistos desde 27 de dezembro, quando foram para a Feira de Areia Branca, a 3 km de casa, no Castelar.

Durante a operação, policiais encontraram um carro com marcas de sangue no porta-malas. Segundo os agentes, esse veículo é roubado e era utilizado pelos traficantes do Castelar para carregar as vítimas do “tribunal do tráfico”.

Lentidão nas investigações
A única linha de investigação era a de que os traficantes estavam por trás do caso. Uma força-tarefa foi criada no mês passado para agilizar os trabalhos.

No começo de março, o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) encontrou imagens de câmeras de segurança que mostraram que os garotos passaram pela Rua Malopia, no bairro vizinho. Essa prova só surgiu mais de dois meses depois.

Segundo os familiares, a investigação começou tarde demais. As primeiras testemunhas só foram ouvidas uma semana depois que as famílias procuraram a polícia para comunicar o desaparecimento.

Já a polícia diz que ouviu todas as pessoas necessárias à medida que conseguia informações. Cerca de 80 diligências foram feitas.

A Defensoria Pública considera que essa é uma investigação difícil e fez recomendações para a polícia atuar com mais rapidez em casos de crianças desaparecidas.

 

Fonte: G1

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