Chefe do tráfico de drogas é condenado a 30 anos de prisão por homicídio

TJ/AL - Arquivo

Julgamento foi realizado no Fórum do Barro Duro

Os réus, Walisson da Silva e Elias Ramos da Silva, este último chefe do tráfico de drogas no bairro de Santa Lúcia, foram condenados a 24 anos e 30 anos de prisão, respectivamente, pelo assassinato de Rogenis Lopes, ocorrido em abril de 2015. O  julgamento – que aconteceu na última semana – foi conduzido pelo juiz Guilherme Bubolz Bohm.

A acusação foi comandada pelo promotor de Justiça, José Antônio Malta Marques. Durante o julgamento, os debates foram intensos e o representante ministerial teve postura segura e convincente diante do Conselho de Sentença que, após um dia longo de júri, avaliando também a atuação de advogados e do defensor público, acatou a tese do Ministério Público condenando os réus nas penas do Artigo 121, com as qualificadoras do § 2º, incisos II e IV.

Os réus são acusados de matar barbaramente, por motivo fútil e traição, Rogenis Lopes, que morreu após ser atingido por cinco tiros.  “Tendo em vista que o Conselho de Sentença, por maioria de votos, reconheceu a materialidade e as autorias, não absolveu os réus e acolheu as qualificadoras do motivo fútil e do recurso que dificultou a defesa da vítima, os réus Walisson da Silva e Elias Ramos da Silva restam definitivamente condenados pelo crime de homicídio qualificado, previsto no artigo 121, § 2º, incisos II (motivo fútil) e IV (recurso que dificultou a defesa da vítima), c/c art. 29, caput, ambos do Código Penal Brasileiro, em relação à vítima Rogenis Lopes”, diz o magistrado na senteça.

O crime

Nos autos consta que Rogenis Lopes, no dia 3 de abril de 2015, por volta das 19 h, teria ido à casa do ex-sogro para buscar o filho com o qual pretendia passar o final de semana, porém, diante do visível estado de embriaguez em que se encontrava, a família, por receio, tentou convencê-lo a não levar a criança, visto que, colocaria sua vida em risco, pois tinha como meio de transporte uma bicicleta. No entanto, o mesmo não acatou o posicionamento dos familiares da ex-mulher e queria toda força levar o menino, de apenas um ano e sete meses, o que aconteceu. Durante discussão, a família ameaçou acionar a polícia, o que causou incômodo a Elias Ramos, traficante, por conta das suas atividades criminosas na região. Assim, ele de forma premeditada, tranquilizou os familiares dispondo-se a resolver o problema e levar a criança de volta.

O que não se imaginavam era que, naquele, momento, e Elias Ramos já premeditava uma vingança a Rogenis Lopes, mesmo sem nenhum vínculo familiar e de fazer parte diretamente do desentendimento que o envolvia. Assim, uniu-se ao comparsa Walisson da Silva e, montados em uma motocicleta modelo Pop 100, saíram à procura de Rogenis Lopes. Ao se depararem com a vítima, em plena via pública, arrebataram a criança e descarregaram o revólver em seu pai tendo três dos disparos atingido as costas e a nuca, além de outros dois tiros em suas pernas.

Além de ceifar a vida de Rogenis Lopes, num ato de de frieza, os criminosos foram à casa do ex-sogro da vítima, entregaram a criança e pormenorizaram o crime, avisando a avó do menino que haviam efetuado cinco disparos contra o mesmo “para ele se ligar”, e como prova ainda mostraram o revólver e as cápsulas disparadas.

O Ministério Público do Estado de Alagoas atua no combate à criminalidade, defendendo o cidadão de bem, denunciando e pedindo punição de quem transgride as leis, atenta contra a vida e comete todo e qualquer tipo de crime.

Veja Mais

Deixe um comentário

Vídeos