Decisão do passaporte da vacina seguirá linha do governo, diz Queiroga

Ministro da Saúde afirmou que posicionamento da pasta sobre exigência de vacina para viajantes será anunciado "em breve"

Adriano Machado/Reuters

Marcelo Queiroga

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou, nesta terça-feira (7/12), que a decisão do Ministério da Saúde sobre o passaporte da vacina para a entrada de viajantes no Brasil será anunciada “em breve”.

O cardiologista adiantou que o posicionamento do Ministério da Saúde seguirá a “linha que o governo federal tem adotado desde o início da pandemia”. De acordo com o ministro, a decisão será tomada de forma interministerial.

“Isso é motivo de uma discussão interministerial. Nós vamos, dentro de um breve espaço, passar qual é a posição do MS. Mas será uma posição na linha do que o governo federal tem adotado desde o início da pandemia e tem funcionado muito bem, tanto que o Brasil já é um dos casos de sucesso sobretudo em relação à campanha de vacinação”, afirmou Queiroga.

A declaração foi dada no final do evento promovido pelo Ministério da Saúde para a assinatura da portaria que amplia a Linha de Cuidado do Infarto Agudo do Miocárdio.

Diante do risco de contaminação pela nova cepa do coronavírus, a Ômicron, o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 48 horas para que o governo federal se manifeste em ação que prevê a exigência do comprovante de vacinação contra a Covid-19 para entrada no país. A solicitação do magistrado foi feita na tarde de segunda-feira (6/12).

Precisam responder à solicitação os ministérios da Casa Civil, da Justiça, da Saúde e da Infraestrutura. Os órgãos devem se manifestar na ação em que o partido Rede pede que o Brasil adote medidas recomendadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa): exigência de comprovante de vacina ou quarentena obrigatória para viajantes.

Questionado se é favorável ou contrário à adoção do passaporte da vacina, o ministro disse que a questão é técnica e que a vacina não é “salvo conduto” para que outras medidas de contenção do coronavírus fiquem em segundo plano.

Ele também afirmou que é necessário ampliar o acesso aos imunizantes antes de “cercear” a liberdade da população. “É necessário ampliar o acesso das pessoas à vacina antes de querer cercear as liberdades individuais”, concluiu.

Bolsonaro

Em evento na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira, o presidente Jair Bolsonaro (PL) se posicionou contra a recomendação da Anvisa sobre a exigência do cartão de vacinação para viajantes.

O mandatário acusou a agência de querer “fechar o espaço aéreo”. “Estamos trabalhando agora com a Anvisa, que quer fechar o espaço aéreo. De novo, porra? De novo vai começar esse negócio”, afirmou Bolsonaro.

O presidente também minimizou a gravidade da variante Ômicron. “Ah, Ômicron. Vai ter um montão de vírus pela frente. Um montão de variante pela frente, talvez. Peço a Deus que esteja errado, mas temos que enfrentar”, disse.

Fonte: Metrópoles

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