OAB investiga circunstâncias da morte de criança eletrocutada em Riacho Doce

Presidente da Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente recebeu pai do garoto Lucas Antônio e vai pedir mais informações à Equatorial e Polícia Civil

Lucas Antonio

Quase 40 dias após a morte do garoto Lucas Antônio, de 8 anos, vítima de descarga elétrica no bairro do Riacho Doce, Litoral Norte de Maceió, a Comissão dos Direitos da Criança e do Adolescente da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL) decidiu que vai requerer informações à Polícia Civil e à Equatorial Alagoas sobre o caso. A população teria informado a empresa sobre o fio de um poste que estava partido e caído no chão, próximo a um campo onde crianças da comunidade brincam, horas antes da tragédia acontecer.

Reprodução / Cortesia ao AL24H

Histórico de ligações de morador de Riacho Doce na madrugada antes da morte do menino Lucas Antônio

Nessa segunda-feira (07), o presidente da Comissão, Thiago de Oliveira, recebeu o pai da criança, Elias de Jesus Pedro. “A OAB/AL vai buscar informações junto à Polícia Civil, sobre o andamento do inquérito, além de requerer informações administrativas à Equatorial Alagoas. A ideia é entender a situação e se colocar à disposição da família para assegurar que todos tenham seus direitos respeitados nesse momento de dor”, explicou Oliveira.

Segundo Allan Pierre, membro da Comissão, as primeiras informações sobre o episódio revelam que a Equatorial Alagoas foi acionada pela primeira vez às 2h06. “Há relatos de queda de energia já na madrugada. A criança morreu às 9h30 do dia seguinte”, acrescentou, após participar da reunião com a família da vítima.

Testemunhas contaram á época que uma equipe da concessionária só chegou ao local por volta das 9h50 de hoje e se depararam com a criança sendo eletrocutada. Ainda de acordo com testemunhas, foram as equipes da empresa que levaram a criança até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no bairro do Jacintinho, mas o menino acabou não resistindo e falecendo.

Elias de Jesus Pedro, pai do garoto Lucas Antônio, afirmou que, até o momento, não foi procurado por representantes da Equatorial. O pedreiro informou que decidiu procurar a OAB Alagoas em busca de Justiça. “Espero que esse caso sirva para que outros pais não passem pela dor que estou passando, que a mãe do meu filho está passando. A sensação é que arrancaram um pedaço da gente”, finalizou o pai da criança.

Ministério Público

Ainda no mês de fevereiro, o Ministério Público de Alagoas (MPAL) se reuniu com a empresa fornecedora de energia e cobrou medidas para evitar acidentes com a rede elétrica. Na ocasião ficou acordado que a Equatorial realizaria estudo técnico com o intuito de disponibilizar à população um canal direto para comunicação de ocorrência de fio de rede elétrica caído, bem como um protocolo de ação imediata de reparo da rede em caso de risco de acidente, além de elaborar campanha de orientação à população, no caso de situações dessa natureza.

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