Vídeo: Menino Cauã teria morrido após ser espancado, diz PC

Acusado relata que menino bateu a cabeça na parede após ser agredido

Latícia Pascoalino / Alagoas24Horas

Polícia Civil e Polícia Científica trabalham no local onde corpo de criança foi achado

O garoto Cauã, que teve o corpo encontrado em uma região de mata fechada na tarde desta quinta-feira, 28, morreu após ser agredido por um jovem de 25 anos, companheiro da adolescente responsável por cuidar da criança. Esta é a principal linha de investigação da Polícia Civil de Alagoas.

No curso das investigações, o casal, que cuidava do menino e disse inicialmente tê-lo perdido, entrou em contradição, o que levantou a suspeita dos policiais.

A versão inicial era de que os jovens teriam descido de um coletivo nas imediações da Avenida Pratagy, no Benedito Bentes, e a adolescente, de 16 anos, se distraído ao entrar em um loja. Contudo, o álibi não se sustentou uma vez que a Polícia Civil verificou as câmeras de segurança dos estabelecimentos próximos e o casal não aparecia nas imagens.

“Esta versão não se sustentou pelas câmeras de segurança. Assisti por duas vezes 1h50 de gravação e em nenhum momento eles apareciam descendo do ônibus. Então, mudaram o depoimento”, contou Alan Barbosa, chefe de operações da Delegacia de Crime contra a Criança e o Adolescente, que acompanhou as buscas.

Diante da inconsistência, o casal foi intimado a depor novamente. Após ser pressionado, o homem de 25 anos trouxe a informação de que o menino teria morrido após cair de uma motocicleta e que por medo, ele teria inventado a história do desaparecimento e levado o corpo da criança até uma mata fechada.

AL24h/Arquivo

Buscas foram realizadas em local de difícil acesso no Benedito Bentes

A Polícia Civil seguiu com o acusado até a localidade onde ele teria deixado o corpo. Já no local, o rapaz mudou novamente a versão e confessou aos policiais que havia batido na criança antes dele morrer. Em conversa com a imprensa, o acusado classificou a morte como uma fatalidade e se disse arrependido. “Foi uma fatalidade. No dia 18 de abril, eu tinha dado uns tapas nele porque tava bagunçando a casa. Ele escorregou e bateu a cabeça na quina de uma parede. Eu tentei reanimá-lo, fazendo  massagem e respiração boca a boca. Fiquei com medo, nervoso e não tive outra escolha. Não queria isso, só Deus sabe o quanto estou arrependido”, contou.

Ele também isentou a companheira de toda a culpa. “Foi tudo eu. Eu que trouxe o corpo e deixei no cantinho. Ela queria contar, mas eu disse para não falar nada”.

A imprensa acompanhou a Polícia Civil e a Polícia Científica até o local onde o corpo da criança foi deixado.

Ameaças

A Polícia Civil de Alagoas também disse que desde que o caso veio a público, a mãe do garoto recebeu ameaças para que não procurasse mais a imprensa e as forças policiais. “Após o desaparecimento, a mãe do menino recebeu ligações de um número privado pedindo para que ela parasse de procurar a imprensa, a Polícia Civil e também para retirar a foto do menino das redes sociais. O acusado confessou que pegou o telefone do irmão e fez a ligação”, disse Alan Barbosa.

O Caso – O menino Cauã, de dois anos, foi dado como desaparecido no Benedito Bentes, parte alta da cidade, desde no dia 18 de abril. A primeira informação divulgada era de que ele ficava sob os cuidados de uma mulher de 25 anos e um adolescente de 16. Em seguida, o Conselho Tutelar da região afirmou que tratava-se de dois adolescentes – uma jovem de 15 anos e um rapaz de 16 anos e cehgou até a adverter que menores não poderiam ser responsáveis por menores. RELEMBRE AQUI.

Por fim, a Polícia Civil informou que, na verdade, ele tem 25 anos e ela 16. Por conta da idade, ele será encaminhado ao Sistema Prisional. A jovem de 16 anos está apreendida.

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