Primeira filhote de peixe-boi nascida em cativeiro morre após ficar presa a galhos

ICMBio

Seis dias após o nascimento, a filhote de peixe-boi, batizada recentemente como Flori, morreu após ficar presa entre galhos de mangue. A informação foi confirmada nesta segunda-feira, 02, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).

Por meio de nota de pesar, o ICMBio informou que a filhote era a primeira nascida em cativeiro em Alagoas e era filha da peixe-boi Paty. Apesar do monitoramento das equipes, por meio do Centro de Mamíferos Aquáticos (CMA) e Apa Costa dos Corais, a filhote se prendeu a galhos de mangue submersos e acabou não resistindo. A causa da morte foi constatada na necropsia como sendo por afogamento.

Ainda de acordo com o ICMBio, os filhotes de peixe-boi são bastante frágeis, principalmente nos primeiros meses de vida. Eles dependem de um cuidado intenso da mãe por pelo menos dois anos, período que são amamentados, e estão expostos a vários riscos ao longo de seu desenvolvimento. Na fase adulta, o peixe-boi pode chegar a quatro metros. “Temos certeza que a peixe-boi Paty ainda terá muitas oportunidades de ter outros filhotes, pois ainda é jovem e saudável”, diz a nota.

Na última terça-feira, 26, os ambientalistas comemoraram o nascimento de Flori em um cativeiro  na cidade de Porto de Pedras, Litoral Norte de Alagoas. Ela nasceu em um recinto de aclimatação da APA costa dos Corais, local reservado a animais em adaptação às condições ambientais antes de serem devolvidos ao habitat natural.

A peixe-boi Paty é uma fêmea adulta, que foi resgatada em 2014, ainda filhote, na praia de Pratagy, litoral norte de Alagoas. O resgate foi feito pelas equipes do ICMBio, Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA), APA Costa dos Corais e parceria do Instituto Biota de Conservação.

No início da reabilitação, Paty teve sérios problemas de saúde, os quais foram tratados pela equipe veterinária do ICMBio, permitindo que ela ficasse saudável e pudesse ser solta na natureza. Para isso, Paty foi transferida para Porto de Pedras em 2019, onde permaneceu no recinto de aclimatação junto com Raimundo, pai do filhote, solto no rio Tatuamunha em novembro de 2021. Durante a soltura, a equipe suspeitou que Paty estava muito “cheinha” e possivelmente prenha, sendo suspensa a soltura dela, prevista para 2021, bem como qualquer manejo clínico. A partir de então, o ICMBio por meio da equipe da APACC e CMA, começou um intenso monitoramento da Paty e gestação. Inclusive, com acompanhando do comportamento e a vocalização da fêmea, por meio de parceria com pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).

 

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