Personalidades e famosos se despedem de Gal Costa em SP

Atriz Sophie Charlotte, que interpretou Gal no cinema, chegou ao velório da cantora, na Alesp, por volta das 10h desta sexta (11). Cerimônia é aberta ao público, das 9h às 15h. Enterro será fechado, com presença apenas de amigos próximos e familiares.

O corpo de Gal Costa, uma das maiores cantoras do Brasil, é velado nesta sexta-feira (11) no Hall Monumental da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), na Zona Sul da capital paulista.

Luiz Franco/g1

Esposa de Gal Costa, Wilma Petrillo, e a atriz Sophie Charlotte, em velório da cantora na manhã desta sexta (11)

A cerimônia é aberta ao público, e ocorre desde as 9h. Famosos e fãs comparecem ao local desde cedo (veja mais abaixo). O enterro está marcado para 16h no Cemitério 3º Ordem do Carmo, no Centro, no entanto, será exclusivo para amigos próximos e familiares.

Gal morreu aos 77 anos, em sua casa em São Paulo, na quarta-feira (9). A causa da morte não foi divulgada pela família. Ela havia cancelado alguns shows, após passar por uma cirurgia para retirar um nódulo na fossa nasal direita.

A atriz Sophie Charlotte, que interpretou Gal no filme “Meu Nome é Gal”, que ainda não foi lançado, chegou ao velório da cantora, por volta das 10h20. Emocionada, a atriz abraçou a companheira de Gal, Wilma Petrillo, e o filho único da artista, Gabriel Costa, de 17 anos.

A diretora do longa metragem, Dandara Ferreira, também foi ao local se despedir da intérprete. O ator Júlio Andrade consolou as duas e parentes de Gal. A atriz Lúcia Veríssimo chegou no início da tarde.

Janja, esposa de Lula, presidente eleito, foi ao velório acompanhada da apresentadora Bela Gil, filha do cantor Gilberto Gil.

A cantora Zélia Duncan foi uma das representantes do meio musical que compareceu também.

Entre as demais personalidades que foram ao velório, estão o publicitário Nizan Guanaes.

O deputado estadual eleito Eduardo Suplicy (PT) conversou com o filho de Gal durante o velório e beijou o rosto da cantora. O político ainda abraçou a viúva da artista.

Serginho Groisman, apresentador do programa Altas Horas da TV Globo, deu um abraço em Gabriel. Na saída, comentou sobre a importância de Gal.

“Gal foi uma das vozes mais incríveis que a gente já teve, teve uma postura muito de liberdade o tempo inteiro. Abriu os braços para pessoas novas, compositores novos, teatrólogos, cenógrafos, sempre foi muito aberta, muito querida, muito leve.”

“Vim aqui pra prestar minha homenagem, minha energia, minha boa energia pra que ela fique bem, abraçar os familiares”, completou Serginho.

O humorista Marquito também estava na fila para se despedir de Gal.

Quem foi Gal Costa
Maria da Graça Costa Penna Burgos nasceu em 26 de setembro de 1945 em Salvador e foi a voz de clássicos da MPB como “Baby”, “Meu nome é Gal”, “Chuva de Prata”, “Meu bem, meu mal”, “Pérola Negra” e “Barato total”.

Foram 57 anos de carreira, iniciada em 1965, quando a cantora apresentou músicas inéditas de Caetano Veloso e Gilberto Gil. Ela ainda era Maria da Graça quando lançou “Eu vim da Bahia”, samba de Gil sobre a origem da cantora e do compositor.

Três anos depois, veio outro clássico: “Baby”, de Caetano Veloso. A canção foi feita para Maria Bethânia, mas Gal a lançou em disco e a projetou no álbum-manifesto da Tropicália. “Divino maravilhoso” (de Gil e Caetano) foi outra da fase tropicalista.

Ao longo dos anos 60 e 70, ela seguiu misturando estilos. Dedicou-se ao suingue de Jorge Ben Jor com “Que pena (Ela já não gosta mais de mim)” e foi pelo rock com “Cinema Olympia”, mais uma de Caetano. “Meu nome é Gal”, de Roberto e Erasmo Carlos, serviu como carta de apresentação unindo Jovem Guarda e Tropicália.

Ao gravar “Pérola Negra”, em 1971, ajudou a revelar o então jovem compositor Luiz Melodia (1951-2017). No mesmo ano, lançou “Vapor Barato”, mostrando a força dos versos de Jards Macalé e Waly Salomão.

Ela seguiu gravando várias músicas de Gil e Caetano, mas foi incluindo no repertório versos de outros compositores como Cazuza (“Brasil”, 1998); Michael Sullivan e Paulo Massadas (“Um Dia de Domingo”, de 1985); e Marília Mendonça (“Cuidando de Longe”, 2018).

Na longa carreira, Gal lançou mais de 40 álbuns entre discos de estúdio e ao vivo. “Fa-tal”, “Índia” e “Profana” foram três dos principais.

Ela estava em turnê com o show “As várias pontas de uma estrela”, no qual revisitava grandes sucessos dos anos 80 do cancioneiro popular da MPB. “Açaí”, “Nada mais”, “Sorte” e “Lua de Mel” eram algumas das músicas do repertório.

Bem recebido pelo público e pela crítica, esse show fez com que a agenda de Gal ficasse agitada após a pandemia. A estreia aconteceu em São Paulo, em outubro do ano passado.

Além de rodar o Brasil, Gal entrou na programação de vários festivais e ainda tinha uma turnê na Europa prevista para novembro.

Ela deixa o filho Gabriel, de 17 anos, que inspirou o último álbum de inéditas. “A Pele do Futuro”, de 2018, foi o 40º disco da carreira. “Está vindo a geração que salvará o planeta”, disse ela ao g1, quando lançou o álbum.

O último álbum lançado foi “Nenhuma Dor”, em 2021, quando Gal regravou músicas como “Meu Bem, Meu Mal”, “Juventude Transviada” e “Coração Vagabundo”, com cantores como Seu Jorge, Tim Bernardes e Criolo.

Fonte: G1

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