Eliana avalia chegada aos 50 anos: “Precisamos normalizar o envelhecimento”

Apresentadora reflete sobre maturidade e visibilidade feminina nos canais abertos

Eliana completou 50 anos essa semana e disse ter muitos motivos para celebrar — entre eles, o sucesso no SBT como uma das apresentadoras mais longevas da TV brasileira. “Tenho muito o que agradecer, mas vejo que ainda tenho energia para realizar novos sonhos. Quero voar mais, hoje com segurança sobre a minha capacidade de fazer o que amo. Esses 50 anos me trazem a maturidade e força necessárias para seguir por esse caminho”, contou ela em entrevista à Veja SP.

A apresentadora falou à publicação que tem uma palavra que a guia: leveza. “Ela permeia minha vida pessoal e profissional, pois não adianta querer ser boa em tudo. Sei que em algum momento vou falhar e preciso me acolher quando isso acontece. Eu sou mãe, empresária, comunicadora, esposa, organizo minha casa e chegando o fim da semana penso ‘não consegui fazer tudo o que gostaria’. Tudo bem. Exigir menos e tentar fazer o possível faz parte da maturidade”, explicou ela, que é mãe de Arthur, de 11 anos, da relação com o músico João Marcelo Bôscoli, e Manuela, de 5, do atual casamento com o diretor Adriano Ricco.

Ela ainda falou que se sente pressionada a manter uma aparência jovem por trabalhar na TV há muitos anos. “Não só por ser uma pessoa pública e estar na mídia, de maneira geral a mulher sofre muita pressão ao envelhecer. Mas precisamos normalizar o envelhecimento como algo ligado à vida. A mulher hoje com cabelos brancos é aceita, mas há alguns anos era vista como alguém que não se cuidava. Precisam nos deixar viver em paz porque isso faz parte da vida, é natural a quem quer viver muito. E eu quero”.

Eliana explicou na entrevista que está satisfeita com o tipo de formato de programa que tem na TV. “Apresento há dezessete anos ininterruptos um programa para a família em um ambiente antes predominantemente masculino. Cresci vendo Silvio Santos, Gugu Liberato e Fausto Silva, e depois de alguns anos ter me tornado apresentadora nesse hall de homens foi representativo demais. E falar com as mulheres aos domingos e contar suas histórias é algo especial, assim ficamos mais fortes. Conversar com meu público nas redes sociais me encanta também porque sinto que sou ouvida. Ter voz e ser ouvida é um grande privilégio”, afirmou.

Única mulher há dezessete anos à frente de um programa dominical de auditório, a apresentadora disse à Veja SP quer que esse cenário mude. “O que eu mais desejo é que outras mulheres ocupem essa profissão de comunicadora aos domingos. Por que só eu aos domingos por todo esse tempo? Outros programas vieram, mas se encerraram. Meu desejo é não ser a única. Sem dúvida ainda tem machismo e aos poucos vamos quebrando isso. Fiquei feliz de ter sido acolhida pelo público logo que decidi fazer a transição do infantil para o adulto”, disse.

Fonte: Quem

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