Nove atacantes de Tite agora viram trunfo do Brasil contra o que virou ‘especialidade’ da Croácia

Um dos pontos mais questionados da convocação de Tite para a Copa do Mundo foi a decisão de levar ao Qatar nove jogadores de ataque. O entendimento da comissão técnica, além do bom momento de todos eles, é que seria importante, em uma competição curta, ter opções para sempre ter fôlego novo em campo, para o Brasil manter a intensidade na frente.

Contra a Croácia, nesta sexta-feira (9), às 12h (horário de Brasília), nas quartas de final, isso poderá ser colocado à prova. É que, ao menos na teoria, o Brasil pode se aproveitar do aspecto físico contra um rival que já teve que se desgastar mais no Qatar. Principalmente na defesa.

Cinco croatas chegam ao duelo por uma vaga na semifinal já tendo atuado 390 minutos. São quatro partidas completas, mais uma prorrogação, que foi necessária para vencer o Japão nos pênaltis nas oitavas. Todos fazem parte do setor defensivo da adversária do Brasil: o goleiro Livakovic, o lateral Juranovic, os zagueiros Lovren e Gvardiol e o volante Brozovic (que não treinou na quarta-feira).

No Brasil, que teve a oportunidade de descansar todos seus titulares no último jogo da primeira fase, na derrota para Camarões, o jogador com mais minutos é Marquinhos, com 306. Thiago Silva e Casemiro vêm em seguida, com 270, enquanto Raphinha foi o atacante mais “exigido”, com 261.

Neymar, por exemplo, após ser desfalque até as oitavas com lesão no tornozelo, soma só 161 minutos em campo na Copa. Richarlison jogou 242, e Vinicius Jr., 238. Entre os reservas que atuam pelo lado de campo e renovam o fôlego do time, Gabriel Martinelli tem 111, e Antony, 106.

Já na Croácia, há mais três jogadores que tem mais minutos na Copa do que Marquinhos, o recordista do Brasil – os meio-campistas Mateo Kovacic, Ivan Perisic e Luka Modric.

A seleção brasileira se orgulha, por exemplo, de ter conseguido buscar vitórias no segundo tempo contra Sérvia e Suíça. Na avaliação de outras partidas do Mundial, a comissão técnica identificou que a maioria das equipes tem tido uma queda física durante os 45 minutos finais, também pelo clima do Qatar. O “antídoto” verde e amarelo para isso está nessa chamada “gestão de minutos”.

Para Daniel Alves, o mais velho do time, a goleada sobre a Coreia do Sul, construída no primeiro tempo, é um exemplo. “Muita gente não vê, mas graças à equipe que jogou contra Camarões, que hoje se viu uma intensidade dos outros jogadores, pelo tempo de recuperação. Tudo isso faz parte de um processo que as pessoas não entendem, mas nós que estamos aqui dentro sabemos como fazer as coisas.”

Mas se engana quem pensa que só essa teoria poderá fazer diferença contra a Croácia. É que justamente a seleção europeia se tornou uma espécie de “especialista” em buscar resultados mesmo após partidas de desgaste intenso. Para ser vice-campeã em 2018, o time superou três prorrogações consecutivas e, agora em 2022, já passou por mais uma.

“É um time muito experiente, mentalmente muito forte. Na outra Copa, mostraram, jogaram três prorrogações para chegar à final, agora mais uma. Temos que estar preparados para um jogo duro, mas se a gente conseguir fazer o que fez contra a Coreia, começar com intensidade, podemos conseguir um grande resultado”, avaliou Marquinhos.

Na Rússia, a Croácia empatou com a Dinamarca em 1 a 1, após sair atrás do placar, nas oitavas de final e se classificou nos pênaltis após igualdade na prorrogação; saiu atrás da Rússia, buscou o empate e depois empatou novamente (2 a 2) na prorrogação para passar nos pênaltis nas quartas; e, na semi, foi buscar a virada contra a Inglaterra já no tempo extra (2 a 1).

Já no Qatar, saiu atrás do Japão, empatou em 1 a 1 e foi buscar a classificação nos pênaltis para enfrentar o Brasil, rival que não disputa uma prorrogação desde as oitavas de final de 2014, quando passou pelo Chile nas penalidades máximas.

Fonte: ESPN

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