Em vídeo, reitor da UFAL anuncia fechamento do restaurante universitário por falta de comida

Segundo explicou Josealdo Tonholo, o motivo da interrupção temporária seria o corte no orçamento das universidades e institutos federais do Brasil

O reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Josealdo Tonholo, anunciou nessa quarta-feira (7) o fechamento temporário do Restaurante Universitário, que fica no campus A.C. Simões, no Cidade Universitária, parte alta de Maceió. Em vídeo, publicado no Instagram da instituição, ele justifica a medida como consequência do corte no orçamento das universidades e institutos federais do Brasil.

 

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Segundo o que explicou o reitor, devido o bloqueio de verbas que seriam repassadas pelo Ministério da Educação (MEC) não há dinheiro para manter as atividades, pagar bolsas e até comprar comida.

“Infelizmente alguma medidas devem ser tomadas, como o fechamento do Restaurante Universitário por absoluta falta de comida; provavelmente teremos problemas com o pagamento de bolsas, com o pagamento de fornecedores e, assim que a nossa universidade tiver a informação segura sobre o repasse , sobre a recomposição do orçamento, nossa equipe vai estar preparada para tomar as decisões e as ações necessárias”, disse o reitor Josealdo Tonholo.

Ainda de acordo com Tonholo, para a UFAL, o corte significa um impacto de mais de R$10,2 milhões. “Nesse momento, a UFAL tem um orçamento inferior ao que a gente tinha em 2011, e é absolutamente impossível fazer a universidade funcionar com esse orçamento”, disse.

O reitor desabafa ainda dizendo que há falta de informação e insegurança por parte do governo federal e que outros problemas ainda podem surgir. “se não bastasse o bloqueio, a última informação que tivemos do Ministério da Economia é que mesmo aqueles recursos que já tenham sido empenhados, correm o risco de não serem pagos ainda nesse exercício, nos colocando em completa vulnerabilidade”, disse.

Ascom Ufal

Restaurante Universitário

O corte

No final de novembro, o governo federal anunciou um novo bloqueio no Orçamento de 2022, no valor de R$ 5,7 bilhões. Uma das razões seria o teto de gastos que estaria chegando ao limite com o aumento das despesas obrigatórias, que são, por exemplo, pagamento de salários de servidores, gastos previdenciários e gastos com com assistência social. Ao longo do ano, já foram contingenciados R$ 15,3 bilhões.

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