A Justiça alagoana decretou, nesta sexta-feira (23), a internação provisória em centro psiquiátrico do homem de 59 anos, identificado apenas pelas iniciais J.C.F.S, acusado de matar a companheira Amair Folha Mota, de 90 anos, a socos alegando acreditar que tratava-se de ladrões que haviam invadido a residência do casal, em Penedo, no baixo São Francisco.
“Expeça-se guia de internação provisória do flagranteado, encaminhando-o para à Unidade de tratamento correspondente. Após o término do recesso judiciário, remetam-se os autos para à Comarca de origem, a fim de que seja regularmente processado e julgado pelo juízo natural”, diz um trecho da decisão.
Em audiência de custódia, conduzida pelo juiz Caio Evangelista, o homem teria apresentado confusão mental, além de não apresentar remorso pela perda da esposa com quem conviveu mais de 30 anos.
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José Clovis foi preso em flagrante nessa quinta-feira (22) e, em depoimento, alegou que estava dormindo e teria acordado com a vítima tentando estrangulá-lo. Por esta razão, segundo o indivíduo, ele se assustou pensando que havia ladrões e efetuou diversos socos na mulher, que não resistiu aos ferimentos e morreu.
A Polícia Civil porém trata o caso como feminicídio e contesta a versão apresentada pelo acusado. O delegado responsável pelo caso, Rômulo Andrade, informou que o homem tem histórico de alcoolismo e que já chegou até a atear fogo na residência do casal, supostamente em decorrência de um incidente pela embriaguez do morador.
O homem chegou a ficar internado vários dias no Hospital Geral do Estado (HGE), no Trapiche, em decorrência das queimaduras e ainda apresenta lesões do incidente, embora afirme que não se lembra em detalhes do episódio. O acusado nega histórico de violência, diz que o casal vivia em harmonia e que no dia do crime não havia ingerido bebida alcoólica.
O caso continua sendo investigado e familiares e amigos ainda serão ouvidos pela Polícia Civil. O corpo da idosa já foi liberado pela Perícia Oficial para sepultamento.
