Operação Pipa é tema de discussão entre municípios alagoanos e bancada federal

Prefeituras querem que ação se torne uma política permanente

Uma reunião realizada na manhã desta segunda-feira, 13, entre Associação dos Municípios Alagoas (AMA), Defesa Civil, Secretaria do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh) e seis deputados federais alagoanos discutiu a retomada a Operação Pipa, paralisada há três meses em 37 cidades de Alagoas. Os municípios atendidos querem uma política permanente para solução dos problemas.

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Reunião da AMA e deputados federais para discutir soluções para Operação Pipa

Os representantes dos municípios pontuam que apesar das chuvas recentes, algumas localidades mais distantes não têm acesso à distribuição de água tradicional e dependem da Operação Pipa, que é comandada pelo Exército, e foi paralisada inicialmente por falta de recursos, mas agora está travada por questões burocráticas.

O prefeito de Pão de Açúcar Jorge Dantas destacou que o município, apesar de ser banhado pelo Rio São Francisco, possui comunidades a quilômetros do centro da cidade que precisam dos caminhões pipas e sem a Operação do Exército, as prefeituras arcam com uma parte desse custo, porém não é o suficiente, o que faz com que a população também seja forçada a comprar água no carro pipa, tendo em vista a água de barreiros e açudes ser imprópria para consumo.

“Nos tempos atuais, a população não pode e nem quer beber água imprópria dos barreiros e água de chuva. A Operação Pipa salva vidas”, enfatizou o representante municipal

No encontro, a Semarh lembrou que já havia emitido relatório à Agência Nacional de Água (ANA) atestando a necessidade da operação, mas o documento foi desconsiderado porque o monitor da seca não detectou ainda a ausência total de chuva. “A gente não pode usar como parâmetro apenas o monitor de seca, porque pode ter água mas não de qualidade para o consumo humano. afirmou o secretário Gino César.

Já o coordenador da Defesa Civil do Estado, Coronel Moisés, destacou que os municípios podem solicitar orientação para o decreto de emergência. “Estamos à disposição para as orientações necessárias para decretação coletiva ou individual da situação de emergência para a partir daí tomar as providências necessárias”, afirmou o Coronel.

Preocupado com as demandas apontadas o presidente da AMA, Hugo Wanderley, explicou que a intenção é sensibilizar o governo através da bancada federal para o retorno imediato da Operação. “Temos milhares de comunidades que dependem disso”, afirmou o presidente.

O deputado Isnaldo Bulhões (MDB), eleito pelos parlamentares como interlocutor entre a AMA e o governo federal, garantiu que ainda esta semana os deputados irão se reunir para elaborar um documento que estabeleça oferta de água potável, em caráter permanente e não apenas em tempo de escassez.

“Vamos discutir uma política permanente e não só em momentos emergenciais e de calamidade. Algumas localidades mais distantes não têm acesso a distribuição de água tradicional. Vamos discutir também os investimentos necessários para sanar esse problema, como pequenas adutoras”, afirmou Isnaldo Bulhões.

Além do Isnaldo Bulhões, estiveram presentes na reunião os deputados: Alfredo Gaspar, Paulão, Fábio Costa, Luciano Amaral e Marx Beltrão.

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