Bando de acusado de assassinar fazendeiro em AL matou nove PMs na década de 90, diz polícia

Após 26 anos da morte do fazendeiro José Januário de Melo, o “Deca de Ostiilo”, de 54 anos, em Olho D’Água do Casado (AL), um dos acusados do crime foi preso na terça-feira, 07, na cidade de Santa Luzia do Paruá, no Estado do Maranhão.

A Polícia Civil do Maranhão informou que o acusado pertencia a uma quadrilha envolvida em diversos crimes e que aterrorizava os estados de Alagoas, Sergipe e Pernambuco e Bahia. Esta organização criminosa tinha como líder um criminoso perigoso conhecido como ‘Marcos Capeta’.

Segundo as investigações, na década de 90, o bando matou pelo menos nove policiais militares no nordeste brasileiro. No dia 03 de fevereiro de 1997, o acusado, junto com o grupo de “Marcos Capeta”, assassinou com 12 tiros e cinco facadas o fazendeiro José Januário de Melo, de 54 anos. O caso aconteceu na fazenda Retiro, em Olho D`água do Casado, em Alagoas. Os criminosos acusavam o fazendeiro de traição uma vez que a vítima teria entregue três irmãos de Marcos Capeta e mais dois comparsas. Na época, os corpos estavam desaparecidos. Com o intuito de vingar a morte de seus comparsas, o bando também levou o corpo do fazendeiro para que a família não o sepultasse. Na fuga, eles roubaram ainda três veículos e acabaram abandonando o corpo em São José da Tapera, seguindo de balsa de Pão de Açúcar para Sergipe.

Ainda conforme dados policiais, o assassinato José Januário aconteceu na presença de um dos filhos da vítima.

As investigações apontam ainda que o acusado morava em Santa Luzia do Paruá há mais de 20 anos, onde também constituiu família. Nos últimos anos, ele oscilava de moradia entre Santa Luzia do Paruá e garimpos em Suriname, retornado a cidade Maranhense recentemente. Antes de morar em Santa Luzia do Paruá, ele residiu ainda no povoado Altos do Leite, zona rural de Candido Mendes.

Ontem, uma operação conjunta entre a Gerência de Inteligência Policial (Ginpol), coordenada pelos delegados Thales Araújo e Daniel Mayer, e a Delegacia Distrital de Santa Luzia do Paruá/MA, para cumprimento de mandado de prisão preventiva foi montada e resultou na prisão do acusado.

Ele estava trabalhando como ajudante de pedreiro na reforma da Escola Municipal Carlindo Alves, quando foi preso. Ele não reagiu e disse que tinha conhecimento do processo.

As polícias do Maranhão e de Alagoas continuam com as investigações e não descartam a existência de novos mandados de prisão em aberto oriundos de outros estados aos quais o acusado cometeu crimes. Ele foi levado à Unidade de Ressocialização de Zé Doca e deve ser transferido para o Estado de Alagoas.

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