Seis são presos pela PF acusados de lavagem de dinheiro

PF/AL

A Operação Face Oculta I e II, desencadeada nesta terça-feira, 14, pela Polícia Federal em quatro estados brasileiros, resultou em seis prisões por lavagem de dinheiro.

De acordo com a PF/AL, três integrantes do grupo criminoso foram presos em Natal (RN), dois em Maceió (AL) e uma em Olinda (PE). Também foram apreendidos dinheiro e armas de fogo. Os seis mandados de prisão, 16 de busca e apreensão foram expedidos pela 17ª Vara Criminal da Capital, em Maceió.

As ações policiais de hoje contaram com o apoio de 80 policiais federais e os mandados foram cumpridos nas cidades de Maceió/AL, nas cidades de Maceió/AL, Marechal Deodoro/AL, Penedo/AL, Natal/RN, Recife/PE, Fernandópolis/SP e São José do Rio Preto/SP.  Houve ainda o pedido à Justiça de bloqueio de contas e ativos financeiros e sequestro de bens dos investigados.

A PF/AL explicou que as operações tinham por objetivo desarticular uma organização criminosa especializava em lavagem de dinheiro. As investigações revelaram que um esquema criminoso, que tinha sido desmantelado em 2017, voltou a ser praticado, mas agora os criminosos utilizavam outros meios.

Em dezembro de 2017, a PF deflagrou a operação Duas Faces com o intuito de coibir o esquema de  integrante do PCC de São Paulo que tinha se estabelecido em Alagoas. Ele fazia o uso de nome falso para adquirir imóveis e bens de alto valor, mostrando-se como se fosse um empresário de sucesso. 

No entanto, os réus continuaram a cometer delitos. Novas investigações apontam que após a morte do líder da OCRIM, a família da viúva passou a contar, a partir de 2018, com o apoio de seu advogado para continuar recebendo vultuosas quantias de dinheiro em espécie provenientes do estado de São Paulo.

PF/AL

Ainda segundo a PF/AL, viúva alagoana recebeu, entre os anos de 2018 e 2019, malas de dinheiro em Alagoas. Para tanto, contou com a participação do advogado que passou a organizar viagens para São Paulo com o objetivo de trazer o dinheiro ilícito. As investigações mostram ainda que alguns militares foram contratados para “escoltar” o dinheiro de São Paulo à Maceió.

Com isso, a PF deu início a Operação Face Oculta uma vez que descobriu em 2022 que o mesmo grupo criminoso – já investigado na Duas Faces –  continuava movimentando uma grande quantia em dinheiro por meio de origem desconhecida e através de contas bancárias em nome de terceiros. Estes emprestavam suas contas bancárias para possibilitar o recebimento de valores, que eram sacados no caixa e entregue aos beneficiários do esquema. Além disso, os acusados também utilizaram empresas de fachada para a movimentação de valores.

Os envolvidos responderão pelos crimes de lavagem de dinheiro, estelionato e participação em organização criminosa, previstos nos artigos 171, do Código Penal, art.1º, da Lei nº 9.613/98 e art. 2º, da Lei 12.850/13, podendo pegar até 23 anos de reclusão, a depender do grau de participação de cada um.

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