Grazy foi encaminhada ao hospital após ser espancada
Os dois homens, apontados como autores do crime que tirou a vida da mulher trans Grazyele Junqueiro, em Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas, no início do mês de Julho, foram indiciados por latrocínio, após a Justiça acatar a recomendação do Ministério Público.
“Ante o exposto, e não sendo a hipótese descrita no artigo 395 do Código de Processo Penal, RECEBO a denúncia ofertada pelo Ministério Público”, diz trecho da decisão do juiz Bruno Araújo Massoud.
Grazy, como era conhecida na cidade, foi encontrada gravemente ferida na manhã de segunda-feira, 03 de Julho, após ter sido espancada por três homens. Dois deles já foram presos. Ela morreu sete dias depois.
Um dos acusados, que mantinha um relacionamento amoroso com Grazi, confessou à polícia o crime durante a prisão e relatou que as agressões foram motivadas por uma dívida de R$900. Ele contou ainda que a vítima o pagava para manter relações sexuais e devia esta quantia em dinheiro.
O segundo envolvido foi preso quando tentava fugir. Ele estava com uma mochila com algumas peças de roupas. Ele confessou o crime e afirmou que o autor ofereceu R$ 100 para que os dois fossem até a casa [da transexual] cobrar esse dinheiro.
A PC segue com as investigações e as buscas para encontrar o terceiro elemento envolvido no caso. Agora, os acusados irão responder por homicídio qualificado.
A pena para o crime no qual foram enquadrados pode chegar à 30 anos de reclusão.
