A economia tem um papel fundamental para o desenvolvimento de um país e, por consequência, para o bem-estar dos seus cidadãos. O Brasil precisa ter as contas em ordem e conseguir atrair investimentos para seguir crescendo e melhorando a vida do seu povo. E para isso é importante não ter dívidas muito representativas.
A única maneira de não se afundar em dívidas é não gastar mais do que se ganha. Ou, no caso de um país, do que se arrecada com impostos. Neste artigo vamos falar sobre o que é o déficit, como ele pode interferir no desenvolvimento do país no próximo ano e o que podemos esperar em relação à situação financeira do país.
O que é déficit?
O nome é meio complicado e difícil de entender, mas o que ele significa é na verdade bastante simples. Quando um país arrecada mais do que gasta, ele está em superávit. Quando ocorre a situação oposta, ele está em déficit. Ou seja, fica em déficit o país que não consegue arrecadar o suficiente para cobrir os seus gastos.
No caso do Brasil em 2023, a promessa do Ministro da Fazendo e do governo é de que o país conseguiria chegar até o fim do ano com déficit zero. O que significa que ele arrecadaria o suficiente para não começar o próximo ano com uma dívida maior. Esse indicador tem um papel importante na economia, inclusive nos investimentos como a negociação forex.
Desafios para o Brasil
O problema de focar em uma meta de déficit zero quando se fala de um país em desenvolvimento como o Brasil é que é preciso fazer investimentos para que a economia cresça. E para conseguir não aumentar a sua dívida mantendo o impulso econômico só tem duas opções: arrecadar mais.
Mas é muito complicado fazer isso. Porque arrecadar mais significa colocar uma carga tributária ainda maior sobre os ombros da classe média. O efeito disso pode ser uma desaceleração da economia, ou seja, o inverso do que se pretendia. Por isso é tão complexo conseguir criar uma estratégia que permita buscar o déficit zero e seguir crescendo.
O que esperar para 2024
É bastante improvável que o governo brasileiro consiga atingir a meta complicada que estabeleceu publicamente para si mesmo de déficit zero em 2023. O mais provável é que haja sim uma arrecadação menor do que o gasto, mas que este número não seja tão preocupante nem decepcionante quanto analistas do mercado previram anteriormente.
O fato é que o país tem arrecadado pouco enquanto o gasto aumenta para impulsionar medidas de incentivo ao desenvolvimento econômico. Isso deve ter efeito no médio e longo prazos, mas não deve acontecer em 2024. Algumas medidas para aumento da arrecadação, como a taxação de super ricos, fundos de pensão e dividendos, precisam avançar no congresso. É bastante provável que em 2024 tenhamos um cenário bastante parecido com o que vimos em 2023, com um crescimento um pouco melhor, mas ainda com déficit.
