Garota de programa rouba cartão de memória de cliente e descobre vídeos e fotos de caso de duplo homicídio

Brian Steven Smith e as vítimas Kathleen Henry e Veronica Abouchuk — Foto: reprodução

No longa ‘Vestida para Matar’ (1980), do diretor Brian De Palma, uma garota de programa (Nancy Allen) acaba se tornando a testemunha acidental de um assassinato. No mundo real, no estado americano do Alasca, uma profissional do sexo também acabou sendo peça importante na elucidação de um caso de duplo homicídio por ter descoberto a importante prova de crime no cartão de memória que roubou de um cliente.

A prostituta, que não teve a identidade revelada, roubou o cartão SD do console central do caminhão de Smith durante um encontro e o entregou à polícia cerca de uma semana depois, assim que viu as fotos e os vídeos hediondos presentes no dispositivo.

O conteúdo do cartão será utilizado no julgamento de Brian Steven Smith, que é acusado pelo crime de 2019 que ficou conhecido como “Homicídio no Midtown Marriott”. No catão há cerca de 40 fotos e 12 vídeos de Kathleen Henry sendo espancada e estrangulada em 2019 e depois levada para fora do hotel da cidade de Anchorage sob um cobertor em um carrinho de bagagem.

Em um dos vídeos é possível ver o assassino pisando na garganta da mulher e dizendo: “Você precisa morrer, vadia”. “Nos meus filmes, todo mundo sempre morre”, fala o homem. “O que meus seguidores vão pensar de mim? As pessoas precisam saber quando estão sendo mortas em série”, emenda.

Entre as fotos, há provas de Kathleen “deitada no chão ao lado de uma cama… completamente nua e de costas”, de acordo com documentos judiciais. “O homem na gravação fala, dizendo coisas como ‘Minha mão está ficando cansada’ e começa a pisar na garganta da mulher com o pé direito”, dizem os documentos. “O homem pode ser ouvido dizendo “Você precisa morrer, vadia” e “apenas morra”.

A polícia reconheceu a voz distinta de Smith, casado e natural da África do Sul, em uma investigação anterior, dizem os documentos do tribunal. As autoridades acreditam que a filmagem foi feita no TownePlace Suites by Marriott em Anchorage – onde Smith foi registrado como hóspede entre 2 e 4 de setembro de 2019.

Imagens de câmeras de segurança mostraram a movimentação da mulher pelo hotel, de sua entrada até seu corpo ser encontrado na caminhonete de propriedade de Smith. O telefone de Smith também foi rastreado até a área onde o corpo da mulher foi encontrado mais tarde.

No interrogatório sobre a morte de Kathleen, Smith teria também admitido ter matado Veronica Abouchuk, informando as autoridades a localização de seus restos mortais. “Vou torná-los famosos”, disse a promotora distrital Brittany Dunlop sobre o que o então suspeito disse aos policiais.

Abouchuk tinha 52 anos quando a sua família comunicou formalmente o seu desaparecimento em fevereiro de 2019, vários meses depois de a terem visto pela última vez. Em 2018, policiais do Alasca identificaram incorretamente outro corpo como sendo o de Veronica porque a identidade dela foi descoberta com ele, por razões que permanecem obscuras. Posteriormente os registros dentários confirmaram posteriormente que ela era a mulher cujo crânio foi encontrado com um ferimento a bala onde Smith disse aos policiais para procurarem.

Desde então, Smith se declarou inocente de 14 acusações, incluindo assassinato em primeiro e segundo graus, agressão sexual e adulteração de provas. Ele pode pegar 99 anos de prisão se condenado.

A defesa do criminoso tentou excluir o uso do cartão de memória e seu conteúdo do julgamento, mas teve o pedido indeferido pelo juiz, que decidiu que a mulher que roubou o cartão SD pode testemunhar sobre tê-lo levado e guardado por uma semana antes de entregá-lo à polícia, e que as gravações podem ser devidamente autenticadas. O julgamento está programado para começar na segunda-feira com a seleção do júri e provavelmente levará de três a quatro semanas para ser concluído.

Fonte: Monet

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