O carnaval está aí e muita gente aproveita a folia para beijar. Mas, apesar de movimentar os músculos, queimar calorias e liberar hormônios, o beijo também pode ser a porta de entrada para alguns riscos à saúde.
- 👎🏾 A notícia ruim é que não há beijo 100% seguro. E quanto mais bocas diferentes você beijar, mais chances de contrair doenças;
- 👍🏾 A parte boa é que, em muitos casos, a prevenção, que passa pela vacinação em dia ou por alguns cuidados básicos, pode te ajudar a se proteger.
- Os sintomas são bem parecidos com outras infecções virais: a doença pode causar febre, dor de garganta e ao engolir e dor nas articulações, por exemplo;
- A diferença é que a mononucleose causa inchaço no pescoço (nos gânglios) e nos olhos (chamado de sinal de Hoagland) e manchas brancas na garganta (placas);
- A doença também se manifesta de forma assintomática;
- A mononucleose tem um pico de incidência maior na faixa etária de 15 a 25 anos;
- Nos casos mais graves, pode provocar inchaço no fígado ou no baço.
O diagnóstico diferencial é com amigdalite bacteriana: fica cheia daquelas plaquinhas brancas na garganta e, como tem febre, é muito comum que os pacientes sejam tratados como amigdalite, o que pode piorar o quadro.
“Embora algumas doenças bucais não serem diretamente transmitidas pela escova de dente, existe uma pequena chance de que as bactérias ou vírus da doença possam ser transferidos para outra pessoa através do seu compartilhamento”, explica a cirurgiã-dentista e professora do curso de Odontologia da Universidade Metropolitana de Santos (Unimes), Carolina Foot Gomes de Moura.
- O contato com o vírus da herpes pode acontecer ainda na infância, mas sem manifestações: o vírus se instala no organismo e fica inativado;
- Mas ele pode reaparecer e isso é causado por diversos fatores, como: exposição à luz solar intensa, fadiga física e mental, estresse emocional, febre ou outras infecções;
- A fase de maior transmissão da doença é quando as bolhas liberam um líquido e há ferida;
- Nesses casos, o ideal é evitar beijar a pessoa com a lesão;
- O tratamento é feito com medicamentos orais ou pomadas, de acordo com indicação médica.
“Uma vez que você pega herpes, ele vai ser seu amigo para sempre. A qualquer momento em que você tiver um stress físico, mental ou local, a herpes poderá aparecer a qualquer momento”, afirma a médica Tânia Vergara.
- É mais comum em crianças, que possuem um sistema de defesa ainda em desenvolvimento;
- Entre os pequenos, também há muito contato ou troca de chupetas e brinquedos que são levados à boca, o que aumenta o risco de contaminação;
- Já entre os adultos, a doença pode ser mais grave em quem tem imunidade baixa;
- O surgimento de placas cremosas e esbranquiçadas na língua, lábios, céu da boca e parte interna das bochechas podem indicar a presença de candidíase na boca.
“Os adultos têm mais resistência, não se pega tanto e o tratamento é local”, afirma Tânia.
- Essa lesão é rica em bactérias e, ao beijar outra pessoa, estará transmitindo a doença para ela;
- Há diagnóstico, tratamento e cura para sífilis, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS);
- Para evitar a transmissão sexual, a camisinha é a medida mais eficaz de prevenção da doença.
Outras doenças
A infectologista Tânia Vergara também alerta para a possibilidade de transmissão de outras doenças infecciosas por conta do contato próximo com outra pessoa (seja por um beijo ou um abraço). Entre elas, estão:
- Gripes;
- Catapora (também chamada de varicela);
- Sarampo;
- Caxumba;
- Covid-19.
A boa notícia é que todas essas doenças citadas acima são imunopreveníveis. Ou seja: há vacinas disponíveis, no SUS e na rede privada. A melhor forma de se proteger é manter a imunização em dia.