A fisioterapeuta brasileira Flávia Rezende, de 45 anos, morreu, nesta semana, durante um voo para Tóquio, Japão. A causa do falecimento não foi divulgada oficialmente, mas a família afirma que a mulher veio a óbito devido a uma embolia pulmonar — caracterizada pela obstrução de uma artéria do pulmão, geralmente, por coágulos (trombos).
Ela embarcou em Vitória, Espírito Santo, e seguiu para a capital japonesa em um trajeto de mais de 30 horas de voo, incluindo conexões.
Os familiares relataram ao g1 que a profissional da saúde passou mal durante o voo, chegou a receber atendimento ainda no avião, mas não resistiu e morreu na última terça-feira (12).
Segundo o Ministério da Saúde, viagens avião elevam o risco de má circulação sanguínea e, consequentemente, aumentam as chances de trombose venosa profunda, também conhecida como tromboso — que consiste na formação de coágulos sanguíneos.
“[O] voo é um momento em que o risco deste problema aparecer é maior, já que a pessoa fica sem mover as pernas, o que prejudica o retorno do sangue venoso para o coração. O problema maior é em pessoas que tem alguma predisposição a ter trombose e estão em um voo. O sintoma mais comum é inchaço de panturrilha, acompanhado ou não de dor e calor local”, detalha a Pasta.
A embolia pode ser a fase seguinte do quadro. Ao se levantar após longas horas setada, a pessoa pode incitar a movimentação do trombo, que pode viajar a corrente sanguínea e se alojar em outras regiões, como os pulmões.
“A trombose ocorre quando há formação de um coágulo sanguíneo em uma ou mais veias grandes das pernas e das coxas. Esse coágulo bloqueia o fluxo de sangue e causa inchaço e dor na região. O problema maior é quando um coágulo se desprende e se movimenta na corrente sanguínea, em um processo chamado de embolia. Uma embolia pode ficar presa no cérebro, nos pulmões, no coração ou em outra área, levando a lesões graves”, afirma o ministério sobre o quadro.
Segundo a Pasta, existem alguns sintomas de alerta:
- Uma dor diferente da dor da cirurgia;
- Vermelhidão ao longo da perna (que aparece de repente ou inchaço que está piorando);
- Inchaço na perna (que apareceu de repente ou inchaço que está piorando);
- Aumento da temperatura (calor) da perna que está doendo;
- Respiração curta e rápida e palpitações, podendo acontecer algum desmaio;
- Tosse com sangue;
- Dor no peito ou nas costas (que não é comum).
COMO SE PREVENIR NO AVIÃO
Abaixo, seguem algumas orientações do Ministério da Saúde:
- Use roupas confortáveis e um pouco mais largas, que não causem compressão.
- Use meias elásticas medicinais, prescritas por médico e adequadamente calçadas, que ajudam no retorno venoso.
- Tome bastante líquido, principalmente água. O líquido, além de hidratar, também motiva a pessoa a se levantar para ir ao banheiro
- Evite ficar mais de duas horas parado na mesma posição.