‘Parece que raio vai cair duas vezes no mesmo lugar’: as impressões que garoto de 16 anos causa no Palmeiras após gol na Libertadores

Sociedade Esportiva Palmeiras

Nem a conquista da primeira vitória do Palmeiras na CONMEBOL Libertadores chamou mais atenção do que Estêvão. Coube ao garoto de 16 anos fechar o triunfo por 3 a 1 sobre o Liverpool-URU, no lance que causou sensações diferentes em quem esteve no Allianz Parque e que automaticamente colocou os holofotes sobre seus ombros.

Ao fim da partida, independentemente de quem estivesse do outro lado do microfone, as perguntas eram todas sobre a joia que acabara de anotar seu primeiro gol como profissional. Flaco López, Raphael Veiga, Abel Ferreira e até mesmo Fernando Prass, comentarista da ESPN no jogo, reagiram ao que Estêvão fez em campo.

“Parece que o raio vai cair duas vezes no mesmo lugar”, profetizou o ex-goleiro do próprio Palmeiras, ao relacionar a nova joia alviverde e Endrick, que vive as últimas semanas antes de mudar-se para o Real Madrid. “É impressionante o futebol brasileiro. Quando a gente acha que a safra não é boa, que a geração não é boa, começam a surgir garotos de uma categoria impressionante. O gol potencializa uma atuação, ele já vinha jogando bem”.

“É um menino fantástico. Mais que um bom jogador, tem a cabeça muito boa para entender a dimensão que é jogar pelo Palmeiras”, elogiou Veiga, autor da assistência para Estêvão.

“Mais um bom jogador que sai da base do Palmeiras. Estamos desfrutando dele, seus primeiros passos. Parabéns para ele, pelo seu primeiro gol. Feliz por isso”, completou Fláco López, companheiro de ataque do garoto.

Palavras elogiosas sobraram, mas também outras que servem para colocar Estêvão no mundo real. E essas, claro, vieram de Abel Ferreira.

Da mesma forma que fez com Endrick, ao frear os elogios exagerados quando o camisa 9 nem treinava com o time de cima, o técnico do Palmeiras tratou de abraçar o jovem e dar conselhos sobre como precisa se portar fora de campo, sem se enganar pelos comentários positivos que, lógico, virão nas boas fases.

“Sei que vocês [jornalistas] procuram fazer o trabalho da sua maneira, mas o nível das críticas aqui é acima do tom, é agressivo, e este moleque não tem 27, 28 ou 30 anos. Ainda tem que ouvir os conselhos do pai. No meu país nem dá para votar, tem que andar de carona porque nem carta tem”, falou Abel.

“O que digo a ele é o que digo às minhas filhas: tudo no tempo de Deus, sejam felizes, quando tiver que ir a Disney vá, porque o outro [Endrick] também foi e foi vendido ao Real Madrid. Mas espero que não seja vendido e fique conosco. Calma agora, porque o negócio amanhã vai ser bonito, todos vão falar. Se cuidarmos bem deles, em cinco ou seis anos, as coisas podem ser muito boas para o Brasil”.

E assim, abraçado por uma onda de elogios, que Estêvão inicia sua caminhada como jogador profissional do Palmeiras. Com o gol marcado, ele se torna o terceiro mais jovem da história a marcar pelo clube, atrás de Endrick (2022) e de Heitor (1916). É um começo para lá de promissor, mas apenas um começo.

Fonte: ESPN

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