O marido relatou o caso à TV Globo depois de ter visto a reportagem sobre o hospital ter esquecido curativos dentro de uma mulher por 19 dias após o parto. O hospital alega que a mulher já tinha comorbidades e afirma ainda não saber a causa da morte.
Deyse foi internada na manhã do dia 16 de março e, às 18h, a equipe médica começou a induzir o parto. As dores aumentaram e a gestante recebeu a primeira dose de anestesia. Segundo o marido, Deyse começou a passar mal depois da segunda aplicação de anestesia. A equipe médica disse ser normal, deixou o quarto, e em seguida a gestante desmaiou.
“Deram outra anestesia nela e na hora ela falou que estava sentindo fraqueza, dor na cabeça, a médica e a anestesista falaram que era normal e saíram do quarto. E em 1 minuto ela desmaiou no meu braço, ficou roxa, sem respiração. Foi pro parto, tentaram ressuscitar ela, e ao mesmo tempo fazer o parto da Gabi”, contou Arthur à TV Globo. Deyse foi levada para a UTI e morreu uma semana depois.
A criança foi retirada com vida, mas segue internada, e deve receber alta até final de abril.
![Arthur Coimbra, viúvo de Deisy segurando filha recém-nascida Gabi — Foto: Reprodução/Arquivo pessoal](https://s2-g1.glbimg.com/SWXbzWXTgssMaUaJzMoVXMEXFV4=/0x0:598x642/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/0/m/vkz2FbRpSyXZSRx2HGyg/whatsapp-image-2024-04-16-at-12.22.34.jpeg)
O Hospital da Mulher foi inaugurado em julho de 2023 e integra os serviços do antigo Hospital Municipal Universitário e do Centro de Atenção Integrada de Saúde da Mulher. Além dos dois casos das gestantes, o local tem recebido reclamações de atendimento.
Segundo Rodolfo Strufaldi, diretor técnico do Hospital da Mulher, os casos de Deisy e Raissa não são comuns. Ele ainda frisa que Deisy tinha comorbidades e que o acompanhamento da gestante foi feito de perto.
“Foi feito uma anestesia de analgesia, com cateter (…) a gente vai colocando de acordo com o que a paciente está sentindo de dor. Foi feita uma primeira fase. E quando ela voltou a reclamar de dor, foi feito mais (…) Ela acabou não se sentindo bem e foi levada para sala de parto, teve uma parada cardíaca”, relatou Strufaldi.
O corpo está no IML para investigar as causas da morte. O Hospital vai ter também uma oitiva com os envolvidos dos dois casos: profissionais, enfermeiros e médicos.