Idoso quase caiu de cadeira de rodas no caminho entre shopping e agência bancária, diz testemunha

Mulher que levou idoso morto a banco para sacar R$ 17 mil responde por vilipêndio de cadáver e furto mediante fraude – Érika de Souza Vieira Nunes foi presa; ela afirmou à polícia ser sobrinha e cuidadora do homem — Foto: Reprodução

Comerciantes que trabalham no calçadão de Bangu, na Avenida Cônego Vasconcelos, na Zona Oeste do Rio, contam ter visto Érika de Souza Vieira Nunes, de 42 anos, empurrando o corpo de seu tio, Paulo Roberto Braga, de 68, em uma cadeira de rodas até a agência bancária na tarde de terça-feira. Segundo eles, apesar de terem estranhado a condição do idoso, não imaginaram que ele poderia estar morto. Uma vendedora lembra que se deparou com a cena por volta das 14h20, quando seu Paulo quase caiu no chão ao passar por um bueiro.

— A roda prendeu. Olhei, vi que era um idoso, parecia ter alguma deficiência e fui lá ajudar. O corpo quase caiu. Então, peguei a cadeira pelas rodas para colocar de novo no nível da calçada. Ele estava pálido e gelado, mas não desconfiei. Quando soube, mais tarde, não acreditei. Foi desumano o que ela fez.

Outra comerciante também lembra de ter visto os dois pela rua. Érika empurrava a cadeira e aparentava estar tranquila. O idoso, por sua vez, caía. Uma comerciante chegou a ajudar Érika quando a cadeira que levava prendeu em um bueiro.

— Pensando agora, nitidamente, estava morto. Ele estava pálido, cabeça caindo. Ela andava tranquilamente com ele na cadeira de rodas. Ainda comentei com uma colega: “Para viver assim, é melhor morrer logo. O senhor está todo debilitado”.

Pouco antes de seguir pelo calçadão, Érika esteve no shopping Real Bangu, cerca de 400 metros da agência bancária onde ela tentou sacar o dinheiro de seu tio. Uma testemunha que estava no local contou ao EXTRA que Paulo “parecia um boneco” e que a impressão que teve era de que estava desmaiado:

— Comentamos na hora. Todas nós estranhamos. A cabeça dele caía, assim como os braços. Ela o ajeitava tempo todo, assim como fazia no vídeo que divulgaram do banco. Nesse dia, ela passou um tempo andando com ele, mas achamos que ele iria a uma consulta médica. Estava pálido, um branco esverdeado — conta a mulher.

Ainda segundo ela, uma funcionária do banco BMG relatou que, na noite anterior, Érika e seu tio compareceram à unidade. Na ocasião, o idoso ainda estava com vida.

— Disse que ele estava debilitado, não falava. Mas que chegou a tomar um cafezinho.

Fonte: Extra

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