Wagner Santiago, do ‘BBB 18’, fez ‘harmonização peniana’ para faturar no OnlyFans: ‘Deu engajamento’

Wagner Santiago, participante do ‘BBB 18’, em foto publicada no Instagram para promover o procedimento de ‘harmonização peniana’ — Foto: Reprodução/Instagram

Em 2023, o ex-BBB Wagner Santiago foi procurado por um biomédico para uma proposta de parceria comercial envolvendo um procedimento de “harmonização peniana”.

O tratamento — não cirúrgico, mas que tem riscos — é um tipo de preenchimento usado para aumentar a circunferência do órgão genital masculino. O profissional ofereceu o serviço a Wagner, em troca de divulgação de seu trabalho. “Não aceitei logo de cara”, conta o ex-BBB em entrevista ao g1.

“Mas ele me explicou melhor e eu resolvi embarcar nessa. Fiz o procedimento, deu um bom engajamento para ele e para mim também, porque os assinantes ficaram curiosos.”

Ao mostrar o resultado da harmonização, ele ficou por três dias no topo da lista global de perfis mais populares do mundo no OnlyFans, plataforma que permite a compra e venda de conteúdo adulto. “É louco pensar nisso. Fui o maior do planeta.”

Nesta semana, o g1 publica uma série de reportagens sobre ex-BBBs que complementam a renda produzindo conteúdo adulto na internet. Plataformas como Privacy e OnlyFans viraram as novas revistas eróticas? Por que elas atraem tantos ex-participantes de realities?

Wagner teve uma passagem intensa pelo “BBB 18”, onde engatou um romance com a campeã da edição, Gleici Damasceno. Os dois romperam em 2019 e, no ano passado, o relacionamento voltou a virar assunto quando Gleici relatou, sem citar nomes, uma experiência com um “ex-namorado abusivo/agressor”.

“Embora não possa avaliar nem julgar os gatilhos e motivações para que isso tenha vindo à tona agora, posso compreender o que ela sentiu e sente até hoje, e, pelas palavras que eu disse naquele momento, dentro da mais pura sinceridade, peço perdão”, escreveu Wagner na época.

“Quero afirmar que este tipo de comportamento, que supostamente atrelaram a mim, não condiz com as minhas atitudes nas minhas relações afetivas e interpessoais.”

‘Quebrado de trabalho’
Quando saiu do “BBB”, Wagner aproveitou a visibilidade para ganhar dinheiro com publicidade e eventos, até ver o volume de trabalhos despencar com a pandemia de Covid, a partir de 2020.

“Em 2021, recebi um convite do OnlyFans para abrir um perfil na plataforma e fazer um ensaio sensual. Eu estava bem quebrado de trabalho, então aceitei logo de cara porque a proposta era boa e fazia sentido.”
“Não vi problema nenhum, até porque muitos e muitos ex-BBBs e outras personalidades já posaram nus. Eu nasci na década de 1980 e, naquele tempo, parece que a gente era menos careta do que é hoje”, avalia o ex-BBB, hoje com 41 anos.

No passado, era comum que ex-BBBs saíssem do reality direto para os estúdios fotográficos de revistas de nudez, como “Playboy” e “G Magazine”. Para Wagner, as plataformas de conteúdo adulto hoje desempenham papel semelhante.

Além dele, Nati Cassassola (“BBB 8” e “BBB 13”), Francine Piaia (“BBB 9”), Angélica Morango (“BBB10”), Hadson Nery (“BBB 20”), Lumena Aleluia (“BBB 21”), Maria Bomani (“BBB 22”) e vários outros já criaram perfis em sites desse tipo.

Segundo o Privacy, plataforma que também é usada por Wagner, a adesão de ex-BBBs e outras celebridades ajuda a naturalizar a criação de conteúdo adulto e a atrair novos usuários, o que acaba aumentando os rendimentos também dos criadores anônimos. Lançada em 2020, a empresa já chegou a convidar e negociar parcerias diretamente com famosos, mas hoje não faz mais esse tipo de acordo.

Conteúdo explicito
Em sites como o OnlyFans e o Privacy, é possível cobrar pelo acesso a fotos e vídeos sensuais e pornográficos — seja estipulando um preço para cada conteúdo ou através de assinaturas. Geralmente, as plataformas ficam com 20% do rendimento e o criador embolsa o restante.

Depois da estreia no OnlyFans, Wagner ampliou a atuação para outras plataformas e, hoje, soma cerca de 3 mil assinantes, que pagam mensalidades de até R$ 75 para ter acesso ao que ele posta. Ele diz que o perfil de seu público mudou nos últimos anos. “Quando eu comecei, era majoritariamente o público gay. Eles me adoram, até hoje é o meu maior público”, conta.

“Com o tempo, fui participando de alguns podcasts, nos quais falei bastante sobre sexualidade, expus minha vida sexual. Por causa disso, alguns casais começaram a aparecer. Casais que compartilham a conta e veem o conteúdo juntos.”

A abordagem do ex-BBB nas plataformas também mudou. “Comecei fazendo um conteúdo sensual bem suave, mas fui perdendo a inibição e passei a postar coisas mais explícitas”. Ele diz que o faturamento aumentou à medida em que os conteúdos ficaram mais picantes.

Sem público é mais difícil
É comum se deparar com histórias de pessoas que contam ter enriquecido com conteúdo erótico. Mas especialistas dizem que é preciso ter cautela. Quem explica é Mayara Medeiros, produtora e diretora de filmes adultos e fundadora de um grupo de apoio a mulheres que trabalham com sexualidade:

“Se você não tem um público já construído, é muito mais difícil vender.”

Com perrengues e um mercado que já beira a saturação, o trabalho com nudez na internet exige planejamento, organização e, em alguns casos, investimento em marketing. Está longe de ser um conto de fadas, especialmente para as mulheres, que ainda sofrem com o preconceito, afirma Mayara.

“Se a pessoa está entrando com a intenção de fazer dinheiro, porque ouviu sobre esses valores inflacionados, mas ela não tem público nenhum, a chance de se arrepender é muito grande. No caso das mulheres, muitas ainda lidam com violência, xingamentos, e são excluídas da sociedade por trabalharem com sexualidade.”

Fonte: g1

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