Representantes do Núcleo de Educação Ambiental Francisco de Assis (NEAFA) entregaram, na manhã desta segunda-feira (05), na sede da 62ª Promotoria de Controle Externo, no Barro Duro, os nomes de suspeitos de envenenarem os cães da entidade.
O Neafa acredita que vizinhos tenham colocado veneno em alimentos e jogado dentro da entidade. O resultado foi o envenenamento de 30 cães. Destes, 11 morreram e outros 19 estão em recuperação.
Para confirmar a suspeita, o Neafa enviou a um laboratório em Porto Alegre materiais biológicos dos animais com o intuito de saber se realmente os cães foram envenenados e qual a substância utilizada para matar os animais. O laudo anatomopatológico deve sair no prazo de 10 dias.
De acordo com o promotor de Justiça, Flávio Gomes, o resultado será anexado ao processo, que será entregue a delegada do 3ª Distrito Policial, Talita Aquino, designada especialmente para investigar o caso.
O promotor explicou ainda que se o caso for comprovado o acusado será enquadrado na Lei 9605/98, que prevê os maus-tratos de animais como crime. As penas são determinadas pela gravidade da atitude, podendo ir de três meses de detenção até um ano. Uma multa também é prevista no processo.
Além dos nomes dos suspeitos, os representantes no Neafa entregaram também o boletim de ocorrência. Eles relataram ainda que os funcionários chegaram a ser destratados por vizinhos e que bombas já foram jogadas dentro da entidade durante os 11 anos de atividade
Para evitar novos ataques, a entidade providencia agora a colocação de uma cerca elétrica, telas e câmaras de segurança. Hoje, cerca de 110 animais – entre cães e gatos – são assistidos pelo Neafa.