Posto médico é acusado de maus-tratos

Tayane Gomes Oliveira/ Arquivo PessoalTayane Gomes Oliveira/ Arquivo Pessoal

Morreu na manhã desta terça-feira (9) em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, um homem, vítima de câncer, que, segundo a família, foi vítima de maus-tratos enquanto esteve internado na Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Beira. De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Caxias, o caso está sendo apurado.

Agostinho Carneiro de Oliveira, de 49 anos, morreu ao dar entrada nesta manhã no Hospital Moacir do Carmo, conforme informou a filha dele, Tayane Oliveira, de 26 anos. "Ele passou mal em casa e morreu assim que chegou lá", disse. Segundo ela, o pai foi para casa após passar cinco dias internado na UPA para tratar uma infecção urinária.

A família acusa a UPA de negligência médica e maus-tratos. Segundo a filha, no segundo dia de internação a família observou hematomas por todo o corpo do paciente. "“Ele tinha bolhas e marcas roxas pelos braços e nas costas. Quando a gente viu as marcas ficamos assustados", disse Tayane.
A filha afirmou que pediu à unidade médica autorização para que o pai ficasse com um acompanhante, o que lhe foi negado. "O sentimento era de revolta e desespero. Nós pedimos para alguém ficar acompanhando ele durante a internação porque ele não enxergava direito, mas não deixaram ninguém ficar com ele”, reclamou .

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Caxias, a família está recebendo apoio do órgão e funcionários e parentes serão chamados para prestar esclarecimentos sobre o caso. Ainda de acordo com o órgão, uma análise do prontuário médico do paciente será feita para verificar se houve negligência.

Maus-tratos
Agostinho tinha câncer e dificuldades para enxergar, por isso precisava de auxílio para se alimentar. De acordo com a família, Agostinho alegou que enquanto estava internado foi vítima de maus-tratos. Uma enfermeira teria colocado um prato de comida ao lado dele e avisado para ele “se virar” para comer.

Ainda de acordo com a filha Tayane, as marcas no braço foram causadas por um antibiótico que foi dado ao . “Eles estavam dando um remédio para ele na veia e esqueceram lá durante a noite toda, isso deve ter causado os hematomas e bolhas no braço dele”, disse.

Trauma para paciente
A família de Agostinho afirmou que, ao ser internado, ele ficou traumatizado. O paciente, que antes era falante, de acordo com familiares, mal conseguia falar e tinha dificuldades para dormir.

Ainda segundo Tayane, o pai fez o tratamento contra o câncer no Instituto Oncológico de Nova Iguaçu. "Lá ele sempre foi muito bem atendido. Nunca tivemos nenhum problema. É revoltante o que aconteceu com ele na UPA", contou.

Fonte: G1

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