Febre Chikungunya pode ser confundida com dengue, alerta especialista

Olival SantosOlival Santos

Febre repentina, acompanhada de dores nas articulações, além de dores de cabeça, muscular, náuseas e manchas avermelhadas na pele. Sintomas que são sentidos por pessoas acometidas pela dengue, mas que também afetam àqueles que são diagnosticados com a Febre Chikungunya, doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti.

Por esta razão, a diretora de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), Cleide Moreira, alerta para que os alagoanos fiquem vigilantes e não confundam as duas doenças. Isso porque, os sintomas da Febre Chikungunya duram entre 3 a 10 dias na fase aguda e, em algumas situações, podem chegar a até três meses na fase subaguda ou, em casos crônicos, permanecerem por até três anos.

“Em casos mais raros, podem ocorrer complicações cardíacas, neurológicas e psiquiátricas, principalmente em crianças e pacientes idosos”, evidencia Cleide Moreira. Ela informa que em Alagoas já foram notificados nove casos suspeitos da Febre Chikungunya, mas a doença pode chegar ao Estado a qualquer momento, “uma vez que já foram confirmados 458 casos na Bahia”, salienta.

Prevenção – Assim como ocorre com a dengue, as medidas para prevenir a Febre Chikungunya devem ser as mesmas, segundo a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau. “É importante destruir os criadouros do mosquito Aedes aegypti, controlar a sua proliferação, evitando água parada, onde os mosquitos podem se reproduzir e realizar inspeções periódicas nas residências”, ressalta.

Cleide Moreira também informa que é importante verificar se as caixas d ́água estão bem fechadas, se não há acúmulo de vasilhames no quintal, se as calhas não estão entupidas e colocar areia nos pratos dos vasos de planta, a exemplo do que ocorre com a prevenção da dengue. “É importante ressaltar que em crianças e idosos, quando a infecção é associada a outros problemas de saúde, exige-se a necessidade de que o médico redobre os cuidados”, esclarece, ao salientar que a Febre Chikungunya também pode ser transmitida pelo mosquito Aedes albopictus.

Enfrentamento da Doença – E assim como ocorreu com a dengue, a Sesau já elaborou um Plano de Contingência para Enfrentamento da Febre Chikungunya. Desenvolvido intersetorialmente, por meio das Superintendências de Atenção à Saúde (Suas) e de Vigilância em Saúde (Suvisa), o plano irá atuar na prevenção, diagnóstico e tratamento de possíveis casos detectados da doença.

Com isso, ficou estabelecido o fluxo para atender pacientes com suspeita da Febre Chikungunya, por meio de uma rede formada pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS), Ambulatórios 24 Horas, Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL) e Hospital Escola Hélvio Auto. Isso porque, nas UBSs espalhadas pelos 102 municípios alagoanos e nos cinco Ambulatórios 24 Horas, os pacientes com suspeita da doença receberão os primeiros atendimentos.

Caberá ao Lacen/AL coletar as amostras biológicas das possíveis vítimas para comprovar ou descartar a patologia e, em caso de pacientes graves, o Hélvio Auto é o hospital referência. Ainda de acordo com o Plano de Contingência para Enfrentamento da Febre Chikungunya em Alagoas, desde junho a Sesau vem capacitando os técnicos das Vigilâncias Epidemiológicas Municipais, além dos médicos e enfermeiros da Atenção Básica dos 102 municípios, sempre enfatizando a prevenção, sintomas e tratamento da doença.

“Já adotamos todas as medidas necessárias para enfrentamento da doença, que ainda não chegou a Alagoas, mas já atingiu 458 pessoas na Bahia e, portanto, pode afetar o nosso Estado a qualquer momento. Por isso, temos que agir de forma preventiva para detectarmos precocemente o problema, já que a Bahia faz fronteira com Alagoas”, salienta a diretora de Vigilância Epidemiológica da Sesau, Cleide Moreira.

Fonte: Josenildo Törres

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