Dilma Rousseff enfrentará Aécio Neves no segundo turno das eleições

Ueslei Marcelino / ReutersUeslei Marcelino / Reuters

O segundo turno das eleições presidencial será disputado entre a presidente e candidata à reeleição, Dilma Rousseff (PT), e o senador Aécio Neves (PSDB), conforme confirmou o TSE na noite deste domingo (05), quando mais de 90% dos votos válidos estavam apurados. Marina Silva (PSB) ficou em terceiro.

A escolha dos eleitores brasileiros trouxe de volta a polarização PT e PSDB, que marca as eleições no Brasil desde 1994, quando o tucano Fernando Henrique Cardozo venceu Luiz Inácio Lula da Silva.

Dilma Rousseff (PT) – 40,91%
Aécio Neves (PSDB) – 34,38%
Marina Silva (PSB) – 21,11%
Eduardo Jorge (PV) – 0,62%
Luciana Genro (Psol) – 1,59%
Pastor Everaldo (PSC) – 0,75%
Levy Fidelix (PRTB) – 0,44%
Eymael (PSDC) – 0,06%
Zé Maria (PSTU) – 0,09%
Mauro Iasi (PCB) – 0,05%
Rui Costa Pimenta (PCO) – 0,01%
Brancos – 3,85%
Nulos – 5,75%

Dilma Rousseff (PT)
Dilma Vana Rousseff, mãe de três filhos, nasceu sete dias antes do Natal de 1947, filha do búlgaro Pétar Russév e de uma mineira de quem herdou o nome. Ela passou sua infância em Belo Horizonte (MG) ao lado dos dois irmãos. Em 1964, ano do golpe militar, Dilma entrou no Colégio Estadual Central. Nesta escola iniciou a militância na Política Operária (Polop), organização de esquerda com forte presença no meio estudantil.

Em 1967, Dilma ingressou no curso de Ciências Econômicas da Universidade Federal de Minas Gerais e aderiu ao Comando de Libertação Nacional (Colina) – organização que combatia a ditadura. Em 1968, Dilma começou a ser perseguida em Minas e entrou para a clandestinidade. Em 1969, se tornou membro do VAR-Palmares (fruto da fusão entre Colina e VPR).

Em Belo Horizonte, a família não sabia que Dilma pertencia aos grupos considerados subversivos. A informação só veio quando ela foi presa no centro de São Paulo. De janeiro de 1970 a dezembro de 1972, Dilma passou os dias nos porões da Operação Bandeirantes (Oban) e do Departamento de Ordem Política e Social (Dops), onde sofreu sessões de tortura.

Após ser solta, Dilma ingressou na Faculdade de Ciências Econômicas Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em 1974. Em 1975, começou a trabalhar na Fundação de Economia e Estatística (FEE), órgão do governo gaúcho. Na década de 1980, ela militou no PDT, partido que ajudou a fundar. Em 1986, o então prefeito de Porto Alegre, Alceu Collares, a escolheu para ocupar o cargo de secretária da Fazenda.

Em 1993, com a eleição de Collares para o governo do Rio Grande do Sul, torna-se Secretária de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul. Dilma ocupou ainda a Secretaria de Energia, Minas e Comunicação do Rio Grande do Sul, no governo de Olívio Dutra (PT), eleito em 1998. Em 2000, filiou-se ao PT.

Nos governos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma foi ministra de Minas e Energia (2002 a 2005), e da Casa Civil (2005 a 2010). Em 2010, elegeu-se Presidente da República com 56% dos votos, vencendo o então candidato José Serra (PSDB) no segundo turno.
Aécio Neves (PSDB)
Aécio Neves da Cunha tem 54 anos e três filhos. É pai de Gabriela, fruto do primeiro casamento com a advogada Andréa Falcão, e dos gêmeos Julia e Bernardo, filhos de sua atual mulher, Letícia Weber.

candidato nasceu em Belo Hoizonte no ano de 1960, em berço político. É neto de Tancredo Neves, primeiro presidente eleito democraticamente no Brasil em 1985, e herdou o nome do pai, o advogado e parlamentar, Aécio Cunha. Tem duas irmãs: Andrea e Angela.

Viveu entre as cidades de Claudio e São João del-Rei até os 10 anos, quando mudou-se com a família para o Rio de Janeiro, onde ficou até a vida adulta. É economista graduado pela PUC-MG.

Começou na carreira política pelos bastidores, quando em 1981, aos 21 anos, acompanhou de perto a campanha pelo governo de Minas Gerais de Tancredo Neves. Em 1983, assumiu a posição de secretário pessoal do avô, cargo que o permitiu participar da corrida presidencial de Tancredo.

Em 1986, foi eleito ao seu primeiro cargo político: deputado federal pelo PMDB. Acumulou a função por quatro mandatos e 16 anos. Em 2001, foi escolhido presidente da Câmara dos Deputados. No ano seguinte, assumiu a cadeira de governador de Minas Gerais, posição que permaneceu por reeleição até 2010 e deixou com aprovação de 92%.

Aécio Neves foi eleito senador no mesmo ano e, em 2013, assumiu o cargo de presidente nacional do PSDB.

Fonte: Terra

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